Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



Conto, a breve prazo, colocar neste blog alguns ecos sobre a cobertura mediática do chamado escândalo da Casa Pia (como diz hoje Paquete de Oliveira no JN, "O caso pedofilia da Casa Pia não é um caso só da Casa Pia. É um caso nosso. Do profundo da nossa sociedade. Do Portugal profundo"). Entretanto, registo aqui algumas peças deste fim de semana com incidência no campo jornalístico: Umberto Eco, Uma Alma Gémea nas Entrelinhas, in DN, 30.11.2002 Manuel Maria Carrilho, A Justiça dos Senadores, in Expresso, 30.11.2002 E não posso resistir a esta frase do mjinistro Nuno Morais Sarmento, no último número da Visão (28.11.2002):«Dou tanto do meu tempo à RTP que, às vezes, não posso dar a ajuda que era necessária à coordenação política do Governo».

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Uns dias na Fundação Calouste Gulbenkian deram para, entre outras coisas, saber que a tradução portuguesa do clássico de D. McQuail Communication Theory deve ir para as livrarias em Março de 2003 (neste momento, encontra-se em fase de paginação). Na mesma área, a Fundação vai igualmente lançar a tradução da trilogia "A Era da Informação", de Manuel Castells, composta pelos volumes: Vol.1: The Rise of the Network Society, Blackwell Publishers (Oxford, and Malden, MA), 1996. Vol.2: The Power of Identity, Blackwell Publishers (Oxford, and Malden, MA), 1997. Vol.3: End of Millennium, Blackwell Publishers (Oxford, and Malden, MA), 1998. Algumas notas de recensão destes livros podem ser lidas aqui. Depois de um longo magistério na Universidade de Berkeley, Manuel Castells regressou a Espanha, leccionando actualmente na UOC- Universitat Oberta de Catalunya.

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Responsáveis religiosos da Nigéria lançaram uma fatwa (sentença de morte) sobre a repórter que escreveu a notícia acerca do concurso de Miss Mundo (onde dizia que o profeta Maomé, se fosse vivo, escolheria uma mulher entre as várias participantes). Depois da notícia ter sido publicada, cententas de muçulmanos revoltaram-se contra o que consideraram uma blasfémia. Dos confrontos resultaram duas centenas de mortos e a transferência da cerimónia para Londres. A jornalista, Isioma Daniel, com cerca de 20 anos de idade, parece ter fugido para os Estados Unidos. A notícia completa aqui.

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A Universidade de Yale promoveu uma iniciatica intitulada Revenge of the Blogs. O último painel da série versou o tema Blogs e Jornalismo. Notas interessantes desta conferência: :: Um pequeno relatório do encontro no weblog sobre direito da Universidade, o Law Meme (muito interessante, este blog) :: A lista de alguns bloggers que foram comentando a conferência enquanto assistiam. A lista foi compilada na resposta a uma mensagem de um dos responsáveis do Law Meme publicada no blog, pedindo a todos os que estivessem a fazer comentários para se identificarem e darem aos restantes participantes (ou não) oportunidade para acompanharem a conferência (interactividade ao máximo) :: Os comentários (a propósito do encontro) de David Gallagher, um dos autores do saudoso Eurotrash (sobre os primeiros dias do Euro) e autor do Light in Field. É também jornalista freelancer. Neste texto lembra que, quando escreveu um artigo sobre blogs para o New York Times, começou a perceber que as suas fontes andavam a postar sobre o assunto. (o texto merece uma leitura por parte de quem gosta de weblogs). As I was doing the actual writing of the story I discovered to my horror that my sources were blogging about my story-in-progress. Due to some unfortunate miscommunication they had come to believe that I was trying to whip up a war in cyberspace between tech bloggers and, well, warbloggers. Reynolds talked to Winer and posted this on his site: "We've both been interviewed by an Old Media organ that we suspect may, just may, have more of an agenda than just writing a story." The speculation about my agenda spilled over into other weblogs. Getting feedback on a story that I had yet to finish writing was one of the more surreal experiences of my journalism career.

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Estudar os "cruzamentos e interacções entre os universos dos media e da comunicação por um lado, e da educação e da escola, por outro" é o objectivo do curso de mestrado em Ciências da Comunicação -área de especialização de Comunicação, Cidadania e Educação, cujas inscrições abriram ontem no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. Segundo os promotores da iniciativa, "a Educação para os Media e para a Comunicação constitui hoje uma área de investigação, de estudo e de intervenção fundamental à promoção de uma cidadania esclarecida e interveniente", constituindo este curso de mestrado "uma resposta pioneira, no panorama português". (Mais informações no site da UM. O DN traz hoje, também, uma pequena peça sobre o curso).

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Os direitos (e deveres) dos cidadãos perante os media; a consideração que os media têm pelos cidadãos; os cidadãos convertidos em clientes e em consumidores - eis tópicos menos debatidos entre nós e, no entanto, fundamentais. Eis, a propósito três textos que podem ajudar a pensar o assunto: 1) Alcino Leite Neto Como os jornais asfixiam os eleitores 2) Esther Hamburger Quanto as TVs abertas fecham os olhos Elas insistem em ignorar o descontentamento do público com sua produção de baixo nível (a consulta exige inscrição, gratuita por um mês) 3) David Shaw Ex-publisher on a mission to reengage the citizenry

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A revista mexicana Etcetera publica, na sua edição de Novembro, uma entrevista com o sociólogo Pierre Bourdieu, originalmente vinda a lume na Telerama pouco antes de ele morrer. Intitula-se Es la televisión la que define el juego . Um excerto sobre os jornalistas: "(...) Los periodistas son una de las categorías más susceptibles: se puede hablar de los curas, de los patrones e incluso de los profesores, pero sobre los periodistas es imposible mencionar las cosas que llegan a hacer... Hay una paradoja de base: es una profesión muy poderosa, compuesta por individuos muy frágiles. Allí se produce una notable discordancia entre el poder colectivo ­considerable­ y la fragilidad estatuaria de los periodistas, que se encuentran en una posición de inferioridad tanto respecto de los intelectuales como de los políticos. A nivel colectivo, los periodistas arrasan. Desde el punto de vista individual, están en constante peligro. Constituye un oficio muy duro ­no por azar hay allí tanto alcoholismo­ y los jefecitos son terribles. No sólo se quiebran las carreras, sino también las conciencias, lamentablemente. Los periodistas sufren mucho. Al mismo tiempo se vuelven peligrosos: cuando un ámbito sufre, termina transfiriendo su dolor hacia afuera, bajo la forma de la violencia o el menosprecio".

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Da coluna de Eduardo Prado Coelho, no Público de hoje, respigo: "Já várias vezes o tenho dito, mas a insistência nunca é excessiva: o que me toca na leitura de um jornal não são as notícias, os "furos jornalísticos", as manifestas campanhas que se orquestram em publicações que, não tendo jornalistas, vivem das intrigas pré-fabricadas que lhes são fornecidas pelas máquinas partidárias, os comentários torpes, as colunas sociais, o machismo encapotado, a necessidade patgética de se ser engraçado, a miséria de alguns "pensadores semanais", cada vez mais único de grande parte da nossa imprensa, etc., etc.. Nada disso - embora, confesso, tudo isso eu leia, com uma complacência que a mim próprio indigna. O que me toca num jornal é quando um foco de humanidade partilhável irrompe - e sentimos que alguma verdade acontece. Vivemos no domínio do factício, de coisas que se assemelham a vida mas apenas nos dão os ecos degradados dela, de fogos fátuos, de sangue branco, de semelhanças e realidades postiças - e a verdade tem isto de siderante: fura radicalmente essa redoma de simulacros e deixa-nos em queda na direcção do vazio."

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Como é que os conflitos de interesse decorrentes da cobertura de assuntos que dizem respeito a empresas do mesmo grupo de comunicação afectam a independência e o rigor jornalísticos? Esta importante e delicada questão é abordade por Nikki Finke, no Los Angeles Weekly de hoje, em "The Untold Story How corporate takeovers make the media less curious". Conclui a autora, depois de citar vários casos da cena norte-americana: "The fact is that truly independent coverage of Big Media is disappearing right before our eyes".

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Acordo para o fomento da leitura de diários O desinteresse dos mais jovens relativamente à leitura de jornais tem preocupado responsáveis políticos e empresariais em diversas partes do mundo. Em Espanha, o Governo e a Associação de Editores de Diários Espanhois (AEDE) vão assinar em breve um convénio para incentivar a leitura de jornais diários entre os alunos dos enisnos básico e secundário, relançando, assim, um projecto com tradições no país vizinho. A notícia vinha, há dias, no ABC. No Boletim MMLab, onde vi esta informação, encontrei também referência a outras iniciativas com a mesma finalidade, desta vez levadas a cabo por jornais revistas dos EUA. Num texto intitulado Newspapers increase efforts to attract youthful readers , o jornal The Miami Herald observa que "Newspapers are realizing they really need to do something - and fast".

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Uma proposta de Communications Bill acaba de dar entrada no Parlamento do Reino Unido, elaborada pelos Department of Trade and Industry e Department for Culture, Media and Sport. O Governo de Blair anunciou em 2000 a intenção de reformar o quadro legal do sector da comunicação, tendo produzido um livro branco sobre a matéria, intitulado "New Future for Communications". Na sequência de debates e audições com sectores diversos da sociedade britância, surgiu, em Maio último, um primeiro rascunho da proposta de lei. Dos debates entretanto havidos aparece agora a proposta que o Parlamento vai apreciar (dado que o documento se estende por mais de 600 páginas, uma súmula e algumas notas explicativas da proposta podem ser lidas aqui). Qualquer improvável semelhança com a metodologia seguida entre nós, nomeadamente sobre o serviço público de televisão, é mera (e também improvável) coincidência.

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Algumas actualizações no caso das avaliações aos trabalhadores da Agência Lusa. Primeiro, o Público corrigiu uma informação das que eu citei há dias: o director de Informação explicou que a avaliação pretende apenas fazer uma radiografia à empresa e não será usada para efeitos de rescisão de contratos. As demissões dos editores, corrigiu o jornal (e corrijo agora eu), não chegaram a concretizar-se. Hoje, há mais notícias: o processo de avaliação vai ser concluído, apesar das resistências externas e já foi feito a 270 das 300 pessoas que trabalham na Lusa, sendo as 30 que faltam todas da redacção. O Sindicato dos Jornalistas reuniu ontem com a administração e com a redacção. No plenário da redacção, foi aprovada uma moção apelando aos jornalistas que recusem esta avaliação e peçam a sua anulação. As notícias estão no Público e no Diário de Notícias .

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Ramón Salaverría, no seu blog e-periodistas , expõe uma perspectiva interessante sobre o pagamento do El País online. Diz ele que o El País merece crédito por ter feito o trabalho de casa - melhorando consideravelmente a sua oferta - antes de começar a cobrar conteúdos, ao contrário de outros que "a la hora de lanzarse al modelo de pago se contentaron prácticamente con cobrar hoy por aquello que ayer ofrecían gratis". Por outro lado, cobrar este preço tão baixo torna o serviço competitivo, ao mesmo tempo que garante aos jornalistas e à informação independência de outros meios de financiamento. Penso que esta opinião é um subsídio interessante para o nosso debate.

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Os mais velhos ainda se lembram de ir ao cinema e assitir, antes do filme, a um "documentário de actualidades", ou seja, notícias em cinema. Pois a British Pathé acaba de disponibilizar online e gratuitamente o seu arquivo de filmes de matéria jornalística, cobrindo um período que vai de 1896 (o ano imediato à invenção do cinema) a 1970. São cerca de 3500 horas de imagens digitalizadas, sobre assuntos que vão da política ao desporto, da vida social ao entretenimento. Nestes dias iniciais, tem sido difícil aceder ao site, dada a afluência de interessados (dica de MetaFilter).

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Encontrei esta interessante crónica de Estrela Serrano, a provedora dos leitores do Diário de Notícias, sobre a forma como a internet auxiliou o contacto entre um jornalista do DN e um leitor. Estrela Serrano explica, a propósito da interactividade: O assunto dispensaria, como se vê, a intervenção da provedora. De facto, o caso acabou por ser tratado, directamente, entre as partes _ o leitor dirigiu-se à provedora comentando a notícia; a provedora remeteu os comentários ao jornalista para que respondesse e este enviou a sua resposta, simultaneamente, à provedora e ao leitor. Tudo isto se passou online. O leitor vive na Noruega, leu a notícia na edição digital do DN, mas como não tinha o endereço do jornalista contactou a provedora. A interactividade acabou por funcionar, embora por interposição da provedora. Infelizmente, como a provedora acrescenta, houve um pequeno senão: O exemplo merece referência, porque exemplifica a mais-valia do jornalismo digital, relativamente ao jornalismo «tradicional». Este leitor poderia ter tido acesso imediato ao jornalista e este podia ter-lhe facultado o acesso directo aos documentos que consultou para elaborar a notícia, através de links (hipertexto), se o DN digital facultasse aos leitores o contacto dos jornalistas. Por seu turno, o leitor poderia ter-lhe fornecido as informações que enviou à provedora sobre o assunto, concretizando outra das características do jornalismo digital. O leitor tornar-se-ia, no caso, ele próprio um produtor de informação e a sua experiência e conhecimentos teriam sido partilhados por outros leitores. Muitos órgãos de comunicação social portugueses ainda se esquecem de incluir o endereço de correio electrónico dos seus jornalistas. Uma das principais vantages de estar online fica, assim, sem efeito.

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Faz hoje um ano que foram assassinados quatro jornalistas no Afeganistão, quando viajavam de Jalalabad para Cabul. A italiana Maria Grazia Cutuli, do Corriere della Sera, o fotógrafo afegão Azizulah Haidary e o operador de câmara australiano Harry Burton (ambos ao serviço da Reuters) e o espanhol Julio Fuentes, do El Mundo morreram numa emboscada e, um ano depois, não houve ainda castigo para os seus algozes. A viúva de Fuentes, a também jornalista Mónica Prieto, percorreu a mesma estrada que o marido, improvisou um memorial no local das mortes, reconstuiu todos os momentos da tragédia e procurou no Afeganistão os três suspeitos do homicídio, postos em liberdade nos últimos dias. O texto de Mónica está no El Mundo de hoje e impressionou-me bastante.

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As revistas norte-americanas hesitam em fazer capas com pessoas não brancas. Apesar do número de negros e hispânicos no "showbiz" ter aumentado muito nos últimos tempos, continuam a ser pouco mais de 10 por cento nas capas de revistas. As de moda duplicaram os retratos de manequins negros, mas as de entretenimento ainda temem os efeitos da "raça" nas bancas. A belíssima actriz Halle Berry, por exemplo, foi apenas a sexta mulher negra a fazer a capa da Cosmopolitan desde que esta popular revista feminina usa fotografias de mulheres na capa. A análise é do New York Times de ontem.

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Convido todos os interessados para, a propósito do lançamento do meu livro recentemente publicado na Ed. Presença, conversarem sobre o tema nele tratado:"Televisão, família e escola". A sessão realiza-se na próxima quinta-feira, dia 21, às 21.30, no Museu Nogueira da Silva, em Braga. Intervêm na sessão uma professora (Fátima Costinha), uma mãe (Graça Varanda), um jovem estudante do secundário (José Ernesto N. Moura) e ainda Eduardo Jorge Madureira, coordenador do projecto “Público na Escola”. O livro pretende "gerar oportunidades e situações para que se aprenda a ver televisão com olhos de ver: com um olhar penetrante, exigente, esclarecido. Porque acredita que a escola tem, nessa aprendizagem, um papel insubstituível, embora não exclusivo. Na família, na associação sociocultural, na paróquia, no ATL muito pode ser projectado e realizado com idêntica finalidade. A ideia subjacente é a de que vale a pena tomar a televisão como assunto de conversa e de análise. Sem fazer dela o centro do mundo e da vida, mas reconhendo o lugar que ocupa em muitas casas e em muitas vidas. Dando a palavra às pessoas – incluindo as crianças. Proporcionando instrumentos para observar, compreender melhor e, tanto quanto possível, intervir”.

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A propósito da notícia sobre a Rádio Terra Nova, dada pela Dora Mota, aqui vai outra: realiza-se no próximo dia 26, em Lisboa, um seminário sobre "O Papel dos Media na Integração dos Imigrantes e das Minorias Étnicas". A iniciativa, que decorrerá no Palácio Foz, é do OBERCOM - Observatório da Comunicação, em colaboração com o Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas. O programa pode ser consultado aqui.

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A Rádio Terra Nova, da Gafanha da Nazaré, começa amanhã a emitir três noticiários diários em russo. Os boletins de três minutos, com informação sobre a Europa de leste e assuntos de interesse para os emigrantes, serão apresentados por uma emigrante russa casada com um português e residente na Gafanha. No JN de hoje , fala-se de outros programas em língua russa em rádios portuguesas que se tornaram um êxito - em rádios de Almeirim e Águeda.

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Desde há uns tempos que não passa um dia sem que tenhamos notícias de despedimentos, convites à rescisão e anúncios de restruturação em órgãos de comunicação social. Mas enquanto até pode ser entendível (que é diferente de aceitável...) este "emagrecimento" de recursos humanos sem critérios jornalísticos quando vindo de empresas que assumem a sua vocação comercial, ele torna-se imperdoável quando é accionado pelo próprio Estado, o suposto guardião da liberdade de expressão e outras garantias da pluralidade... Por isso saliento aqui este retalho da actualidade - o incrível despedimento em massa dos editores da Agência Lusa por se terem recusado a avaliar os seus jornalistas nos moldes propostos pela direcção de Informação. A Lusa é a agência noticiosa nacional, uma sociedade anónima com 17 accionistas e maioria de capitais públicos e aqui vai a história, conforme contada pelo jornal Público: Ontem: "Editores da Lusa demitidos por desobediência Pelo menos três editores da Lusa foram demitidos pelo director de Informação, por se terem recusado a fazer a avaliação dos seus jornalistas nos moldes em que a direcção pede. Os restantes editores ainda não terão devolvido os formulários de avaliação - o prazo para o fazerem termina hoje -, mas a maioria pretende entregá-los em branco. O director terá dito que quem não os preencher será demitido de imediato. (...) Os editores dizem que não se recusam a avaliar - até defendem "uma avaliação regular dos jornalistas" e de si próprios -, mas querem que esta "seja séria, transparente, e com critérios definidos". Afirmam que o formulário que lhes foi entregue "é inadequado": por um lado, "é demasiado vago em alguns itens", por outro, "é omisso quanto a questões" que entendem "serem fundamentais para avaliar correctamente o desempenho dos jornalistas", afirmaram nove editores numa carta enviada há dias à direcção. Há um mês,a direcção informou os editores de que iria decorrer um processo de avaliação dos jornalistas até 30 de Novembro. Mas o novo modelo de avaliação não foi sequer discutido com a Comissão de Trabalhadores e os editores contestaram-no desde o início, sobretudo por a administração não lhes dar explicações suficientes sobre o processo. "Nunca tivemos qualquer explicação cabal sobre para o que servia, o peso de cada critério, e qual o fim a que se destinava", dizem. O formulário, por exemplo, é igual para toda a gente, sejam jornalistas, administrativos ou paquetes (...)." Hoje: "Subdirectores da Lusa ao Lado de Editores Demitidos Os dois subdirectores de Informação da Agência Lusa responsáveis pela coordenação da redacção entregaram ontem uma carta ao director, Fernando Trigo, solidarizando-se com os editores que se recusaram a fazer a avaliação dos jornalistas das suas secções nos moldes pedidos. Rui Moreira e António Bilrero manifestaram assim a sua discordância face a um processo que já levou ao despedimento dos editores das secções Local, Sociedade, Política, Desporto, Agenda e Lusanet. (...). A Comissão de Trabalhadores emitiu um comunicado em que afirma que o processo de avaliação em curso "não preenche o requisito" previsto na Lei das Comissões de Trabalhadores, a qual prevê o "parecer escrito" daquele órgão para actos de "modificação dos critérios de base de classificação profissional e de promoções". "Qualquer avaliação sem o parecer prévio escrito da CT, além de constituir uma clara violação da lei, é inválida nos seus efeitos", diz ainda o comunicado."

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É o que se chama "dourar a pílula": o diário El País quer obrigar os leitores a pagar pelo acesso à edição online já a partir da próxima semana. Já o tinha anunciado e está no seu pleno direito (transfere para o ciberespaço "la lógica que rige en el mercado tradicional de prensa: lo que tiene valor, cuesta"). Mas escusava era de pretender fazer-nos passar por pategos. Vejamos: Título em que anuncia o início da medida: "EL PAÍS revoluciona Internet con su nueva edición digital". Revoluciona? Como? Abertura da peça: "EL PAIS.es se viste de largo la próxima semana con un revolucionario atuendo capaz de darle a la noticia una nueva dimensión informativa y a los lectores un valor añadido tan potente que les lleve a convertirse en cómplices del proyecto desde tan sólo 20 céntimos de euro diarios." Quem fala assim, não é gago. Mas a gente compreende bem onde se quer chegar. As novidades prometidas: "Contenidos que (...) van mucho más allá de los que publica la edición impresa, al incluir información actualizada en tiempo real durante las 24 horas del día, infografías animadas, elementos multimedia, interactividad por parte de los usuarios y acceso libre al archivo histórico de EL PAÍS. Los suscriptores de ELPAIS.es podrán, también, descargarse la versión en PDF (reproducción exacta de las páginas) de la edición impresa, así como de los cuadernillos regionales y los suplementos". Em suma, pouca novidade a não ser o acesso ao arquivo histórico. O acesso ao jornal inteiro não é propriamente novidade: era o que faltava pagar (mesmo que 20 cêntimos) e não ler o jornal. O embrulho da "prenda" parece excessivo.

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Já está disponível o relatório encomendado pelo Ministério da Cultura e da Comunicação do governo francês, sobre a avaliação e análise de propostas relativas à representação da violência na televisão (soube-o através do Ponto Media, do António Granado). Objectivo do estudo: « la protection des plus vulnérables, la lutte contre toutes les formes de violence, le refus de la discrimination et de la haine...». As recomendações feitas no relatório incidem sobre as instâncias de regulação, os operadores televisivos, as famílias e os responsáveis pela educação. Quem não parece ter gostado muito do conteúdo do documento foram os cineastas, que temem que se abata uma onda de censura sobre as suas obras. É, pelo menos, o que diz o jornal Le Monde.

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Aquilo que se torna instrumental no nosso quotidiano deixa de se ver e de ser submetido a análise. Também por isso, vale a pena ler How Did I Do This Before Google?, de William Prochnau, na American Journalism Review, e The Age of Google, de John Derbyshire, na National Review, de quinta, dia 14 (fonte: Journalism.org Daily Briefing)

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O Sindicato dos Jornalistas tomou recentemente uma posição sobre a crise que atravessa os media, resumindo-a como uma "ofensiva sem precedentes" contra os jornalistas portugueses. Em comunicado emitido recentemente, o SJ afirma que esta ofensiva se caracteriza "pelo desrespeito pela lei e pela coacção psicológica" e que "são apenas critérios financeiros a determinar os processos de rescisão de contratos". Uma conjuntura de razões que, alerta, atenta directamente contra a democracia ao criar instabilidade entre os jornalistas e ao descredibilizar os órgãos de comunicação social. É que, em alguns casos, são escolhidos para a rescisão os jornalistas que são delegados sindicais ou que têm vindo a defender os seus direitos e os dos seus colegas. Como factores da crise, o SJ apresenta as tentativas de despedimento (temos dado conta de algumas aqui no blog) de jornalistas em cerca de 15 redacções; desrespeito pela lei e uso de coacção psicológica e "violentação da dignidade" dos jornalistas e outros trabalhadores, o despedimento selectivo apontado, ausência de diálogo com as entidades sindicais (como manda a lei), entre outros. Anexo ao comunicado, que pode ser lido no site do SJ, há uma lista das empresas onde a situação laboral é mais preocupante e onde se dectaram mais atropelos à lei e ao contrato colectivo de trabalho. Estão lá a Agência Lusa, o Correio do Minho, o Diário de Notícias, o Euronotícias, o Jornal de Notícias, o Comércio do Porto, a NTV, o Jogo, a Rádio Capital, a RTP, a SIC, a SIC Online, a TV Guia, o 24 Horas, entre outros. Redacções onde trabalham alguns de nós...

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A Editorial Minerva criou uma nova colecção relacionada com os media a que chamou "Cadernos Minerva", cada um com cerca de 50 páginas. Vi já os dois primeiros números: o nº1, é um texto de Jenny Kitzinger e Jacquie Reilly e intitula-se "Ascensão e queda de notícias de risco" (tradução e prefácio de Cristina Ponte); o nº 2 é um trabalho de Eduardo Cintra Torres intitulado "Reality shows - ritos de passagem da sociedade do espectáculo".

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O Banco Mundial acaba de publicar The Right To Tell - The Role of Mass Media in Economic Development. "This volume explores the role of the media as a watchdog of government and the corporate sector, and the policies that prevent the media from exercising that role. The book assesses the media’s function as transmitters of new ideas and information". No site do Banco Mundial está disponível um press release sobre o documento, sendo também possível fazer o download do capítulo I.

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Dez jornais online europeus reuniram-se para fundar uma associação. Por enquanto, ainda nenhum jornal português surge na lista dos que vão integrar a associação. O Le Monde, o El Pais e o The Guardian, entre outros, fazem parte do grupo fundador. A associação é: "...the response from the main European online publishers to the gloomy advertising online market and the general crisis that has forced many websites to shut down."

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A cobertura mediática das tentativas dos EUA de atacar e controlar o Iraque mereceria um estudo rigoroso (um, não; muitos!). Ainda hoje ouvi num canal televisivo noticiar a aceitação dos inspectores por parte de Sadam Hussein com um tom que poderia ser traduzido assim: "Que pena!". Outros deram destaque ao tamanho da carta: seis páginas nas quais querem agora encontrar uma palavra ou uma vírgula que possa, afinal, ser interpretado como uma negativa. (Isto não significa que não se deva dar atenção aos pormenores da missiva). Do outro lado, isto é, do lado dos media iraquianos, reforça-se a ideia de que a contradição entre a votação do Parlamento de Bagdad e a posição final do Presidente foi uma encenação para estrangeiro ver. Um sinal: segundo Sameer N. Yacoub, da Associated Press, os media iraquianos pura e simplesmente ignoraram a notícia da posição do Parlamento, preferindo sublinhar a confiança dos deputados na clarividência do Grande Chefe.

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O Tablet PC, recentemente lançado pela Microsoft, está a ser experimentado por várias publicações. Algumas revistas e o Financial Times estão entre os que se preparam para o novo aparelho.

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Os Média e a Justiça Colóquio interprofissional O Sindicato dos Jornalistas e a Associação Sindical dos Juízes Portugueses organizam, no próximo dia 30, um colóquio sobre as relações entre os profissionais de informação e os profissionais forenses. Intitulada «Os Média e a Justiça – Colóquio Interprofissional», a iniciativa, que decorrerá no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, dirige-se a jornalistas, juízes, magistrados do Ministério Público, advogados e funcionários judiciais, bem como professores e estudantes de Jornalismo/Comunicação Social e Direito e tem os seguintes objectivos: · Aprofundamento do conhecimento dos papéis dos profissionais da Justiça · Debate sobre a importância da Justiça enquanto objecto de notícia · Discussão sobre o papel dos média no escrutínio público da Administração da Justiça · Identificação dos constrangimentos às relações interprofissionais na mediatização da Justiça · Promoção do diálogo interprofissional para a valorização da Informação sobre a Justiça · Compreensão dos segredos – o segredo de justiça e o segredo profissional · Valorização da protecção das fontes confidenciais. (Fonte: site do SJ, onde se pode encontrar o programa completo da iniciativa).

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Ando há algum tempo para referir aqui o InfoAmerica - Portal iberoamericano de la Comunicación. Inclui portas de acesso para órgãos de comunicação, para escolas e faculdades, materiais sobre os problemas da liberdade de expressão na América Latina e informação sobre organizações das áreas de comunicação, jornalismo e media. De especial interesse são as "Selecciones de Infoamérica", dedicadas a destacar artigos publicados em revistas académicas e profissionais. Vale a pena uma consulta. De resto, é possível inscrever-se para receber por e-mail as últimas actualizações. E, havendo disponibilidade, os responsáveis do portal anseiam por encontrar quem ajude a construir a versão portuguesa.

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A situação de várias empresas de comunicação social configura um quadro negro para os respectivos trabalhadores e designadamente para os jornalistas. Alguns dados vindos a público nos últimos dias: - "A Administração da SIC fez um ultimato a todos os trabalhadores da estação, especialmente aos jornalistas: ou há candidatos a rescisões de contratos ou a estação poderá recorrer ao despedimento colectivo" (Armando Rafael, DN, 5.11). Os jornalistas da estação reunidos anteontem, exigiram que as propostas da empresa sejam negociadas através das estruturas representativas dos trabalhadores. - "Os jornalistas da Lusa admitem avançar para a greve, se a administração não puser termo às pressões visando despedimentos e recusar de novo receber a direcção do Sindicato de Jornalistas. A greve poderá ser marcada no plenário da Redacção agendado para 20 de Novembro" (newsletter do SJ). Segundo os trabalhadores, há informações de que a Administração pretende levar 30 jornalistas a aceitarem o despedimento. - Jornalistas e outros trabalhadores do jornal «O Jogo» começaram a ser contactados para serem despedidos, num processo de emagrecimento da empresa que visa reduzir o número de trabalhadores em 10% por cada sector. O SJ considerou, em comunicado, que a empresa está a agir "à margem das regras legais e convencionais, desrespeitando elementares princípios de negociação e ofendendo a dignidade das pessoas". - "A imediata suspensão do processo de rescisão selectiva de contratos de trabalho foi exigida pelos trabalhadores da "TV Guia", reunidos em plenário, a 24 de Outubro. O plenário decidiu solicitar a imediata intervenção da Inspecção-Geral do Trabalho e do Provedor de Justiça, se a sua exigência não for respeitada". (newsletter do SJ). Recorde-se que a TV Guia foi recentemente adquirida à RTP pelo grupo Cofina, ao que se diz pelo preço de um euro. São apenas alguns exemplos.

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A Microsoft tem uma ferramenta para a criação de weblogs. Não se trata de nada semelhante ao Blogger. É uma ferramenta para criação de espaços de partilha de informação dentro das empresas, sob a cobertura de uma firewall (ou seja sem acesso público). No entanto, o Microsoft Share Point tem tudo para ser considerada uma ferramenta de criação de blogs, já foi distribuida com o Windows XP e parece ter feito sucesso junto de empresas. A informação oficial da empresa está aqui. Dica de Blog News.

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A Graduate School of Journalism, da Universidade de Berkeley, promoveu um debate intitulado Weblogs -- Challenging Mass Media and Society e disponobiliza agora um vídeo com as apresentações para download. O vídeo está dividido em duas partes para o download ser mais fácil. O vídeo está aqui. Dica de Contra Factos e Argumentos.

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O autor de um weblog sobre direito notou um pequeno erro numa decisão judicial e escreveu sobre o assunto. O juiz do caso leu o blog e corrigiu a decisão. O caso passou-se nos EUA. O autor do blog é Howard Bashman, um funcionário judicial. O blog chama-se How Appealing. Dica de Blogroots.

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Há uma pequena novidade no site do DN de hoje: a coluna de Estrela Serrano, Provedora do Leitor, surge, ao que julgo, pela primeira vez, na página dos restantes colunistas, tornando-a mais visível na edição online do jornal. Até agora, o leitor, para aceder a esse texto, tinha de clicar no botão "E-mail do Provedor". A peça de hoje, intitulada Uma inesperada ausência, debate a falta de destaque na primeira página na cobertura da greve da Função Pública de 16 de Outubro último. Vale a pena ler.

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Dois números novos de duas revistas: - Acaba de sair o vol. 4, nº1, relativo a Outubro 2002, da revista científica digital Pensamento Comunicacional Latino-Americano - PCLA. Entre os textos publicados, destaque para: Estrategias y politicas comunicacionales en Mèxico: el estado y el clero, de Oscar Ochoa; As Imagens de Crianças Hispânicas e Latino-americanas no Cinema de Hollywood, de Federico Subervi-Vélez e Maria de los Ángeles Flores-Gutiérrez; Comunicação comunitária e educação para a cidadania, de Cicilia M. Krohling Peruzzo. Neste número são entrevistados dois especialistas em comunicação e jornalismo: Armand Mattelart e James Carey. - Acaba de ser publicado o primeiro número da revista digital Global Media Journal. A iniciativa parte do Department of Communication and Creative Arts da Purdue University Calumet, Hammond, Indiana, EUA. Editada por Patrick D. Murphy, o conselho editorial integra, nomeadamente, Georges Gerbner, John Downing e Joseph Straubahar (Estados Unidos), Cess Hamelink (Holanda), Naren Chitty (Austrália), Vicen Mosco e Marc Raboy (Canadá), Youichi Ito (Japão), Xiguang Li (China), Hussein Amin (Egito), Arnold de Beer (África do Sul), Enrique Sahcea Ruiz (México) e Jose Marques de Melo (Brasil). (Fonte: Jornal Brasileiro de Ciências da Comunicação).

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