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Afinal, a jornalista Felícia Cabrita é também testemunha no processo da Casa Pia. Um leitor do Expresso cita, na edição de hoje deste semanário, uma notícia de "O Independente" de 9 de Maio que alude a uma alegada colaboração da jornalista com o Ministério Público sobre este caso. A Direcção do Expresso confirma estes dados, ao escrever, em nota: "A jornalista Felícia Cabrita foi involuntariamente arrolada como testemunha. Ao Ministério Público apenas tem confirmado corresponder à verdade dos factos o que escreve no Expresso como resultado de investigações independentes. Não vê, por isso, a Direcção deste jornal qualquer motivo para quebrar a confiança..." etc, etc. Sem negar à jornalista e ao Expresso o mérito de terem trazido à luz do dia o escândalo da pedofilia, pergunto: Testemunha involuntária? Jornalista colaboradora do Ministério Público? Há aí quem me possa esclarecer o significado de tudo isto? A propósito, a Direcção do Expresso publica também hoje uma Nota Editorial muito reveladora, a propósito da manchete da semana passada que lançava Ferro Rodrigues para a lama do escândalo. Diz, a dado passo: "Compete esclarecer, a este respeito, que o Expresso se limitou a fazer bom jornalismo". Era mesmo este o esclarecimento que faltava.

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O Observatório da Comunicação OBERCOM procede na terça-feira próxima, dia 3, à apresentação pública do "Anuário da Comunicação 2002-2003", numa sessão que decorrerá no Palácio Foz, em Lisboa, pelas 11 horas. Na ocasião será ainda efectuada uma apresentação intitulada «Media e Comunicações – 2002-2003», em que para além das perspectivas sectoriais, se procurarão projectar os principais indicadores. O Anuário da Comunicação 2002-2003 é uma extensiva abordagem - sobretudo de cariz quantitativo - aos sectores dos media tradicionais, dos novos media e das comunicações. Caracteriza, de uma forma global, o mercado na área da Comunicação e integra cerca de 1500 empresas na sua base.

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A razão principal da guerra no Iraque não foi a questão das armas de destruição maciça, mas o afastamento de Saddam, a fim de permitir a Washington "retirar as suas tropas da Arábia Saudita e abrir caminho ao controlo global do conflito no Próximo Oriente". A afirmação é de Paul Wolfowitz, braço direito de Donald Rumsfeld e número dois do Pentágono. José Manuel Fernandes reconhece, entretanto, que o facto de não aparecerem no Iraque as tão badaladas "armas de destruição maciça" contitui "Uma Questão Incómoda" para os países da Coligação que atacou o regime de Saddam. Mas, à semelhança daqueles que acharam que se OS EUA não encontrassem as ditas armas, as levariam para lá para poderem justificar-se, acrescenta esta coisa interessante: "O que fez Saddam com o equipamento e os stoks que possuía e que não conseguiu provar aos inspectores ter destruído? (...) Os interrogatórios com os altos funcionários detidos talvez ajudem a deslindar o mistério. Mas mesmo que o mistério persista, os motivos para a guerra não desaparecem, pois mesmo sem arsenais, Saddam possuía forma de os obter, e esse é que era o perigo: a eventual convergência entre um regime com capacidade para construir armas de destruição maciça e terroristas com vontade de as largarem em qualquer grande cidade do Ocidente."

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A revista "Grande Reportagem" passa, em Setembro, a semanal, devendo ser distribuída ao sábado com o "Diário de Notícias" e com o "Jornal de Notícias". Em estudo está a possibilidade de os dois diários aumentarem o preço de capa nesse dia da semana. A notícia vem no Público.

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Depois de "la Face cachée du Monde" de Péan-Cohen, o jornal "Le Monde" vê-se novamente sob o fogo de um novo livro com referências pouco simpáticas para o grande jornal de referência francês. Desta vez foi Alain Rollat que escreveu "Ma part du Monde", mais uma publicação que promete ser um êxito de vendas nos escaparates franceses, e não só. Os tempos estão cada vez mais conturbados para o "Le Monde".

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Desde o primeiro momento que foi evidente o aproveitamento da SIC relativamente à notificação entregue a Herman José para depor no caso da Pedofilia. A abertura do Jornal da Noite, o exclusivo das imagens dos agentes da Judiciária que entregaram a notificação, fazia antever que o caso, mais do qualquer outra coisa para a estação de Carnaxide, iria ser um furo e uma via para a conquista de audiências, aproveitando a vantagem competitiva do facto de Herman José ser da casa. estranha vantagem, digo eu. Pois tudo se confirmou hoje. A SIC fez um directo da chegada do apresentador/actor digno da chegada das estrela à entrega dos Óscar's. E o actor/apresentador, à saída, já arguido, lançou uma expressão que vai entrar nos anais do jornalismo, dos estudos judiciários e do mais puro suspense. The show must go on. PP, no "Abrupto", referiu o assunto.

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" O Rei do Entretenimento". É o título da entrevista que a revistra Poder traz, no último número, ao multimilionário latino-americano Gustavo Cisneros. Vale a pena ler, se mais não fora para ver ao vivo um exemplo de como certo jornalismo se rende perante o glamour do poder. Uns exemplos com algumas perguntas: Usted es golpista? No. (...) Usted se mete en el contenido de los noticieros de Venevisión? No. (...) Usted es buen amigo del rey de España. Y quienes los han visto juntos dicen que hay una buena química. ¿Cómo es su relación con él? Muy respetuosa. Usted ha tratado con muchos presidentes de diversos países. ¿Quién es el que más le ha impresionado? Los que más impresionan por la responsabilidad y el poder que tienen son los presidentes de Estados Unidos. (...) Sobre o que admira emGeorge W. Bush: “De George W. Bush, sus principios y sus grandes decisiones. Tiene lo mejor por delante. Tiene un diseño político para incorporar a los hispanos al partido Republicano y a su próxima campaña presidencial. Y lo va a lograr”. Quem é Cisneros? "Aunque es venezolano, hoy menos del 20 por ciento de sus intereses están en su país. AOL Latin America, tiene su base en La Florida y Univisión es un gigante en el mercado hispano de Estados Unidos. Claxson opera desde Buenos Aires y tiene un canal de TV y varias emisoras de radio en Chile". "No es el más rico, pero sí el más poderoso y el mejor conectado entre los magnates iberoamericanos. Se mueve en los círculos políticos, académicos y periodísticos más importantes del mundo. Es socio de Time-AOL, amigo de Rupert Murdoch y muy cercano a los Graham (del Washington Post y Newsweek). Compañero de pesca de Bush padre, visita con frecuencia a los jefes de Estado en Argentina, El Salvador, España, Brasil y Colombia, entre otros. Y su interés por los destinos de la región lo ha posicionado como el empresario más involucrado con las América".

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Já conhecem o Molengão.com? Trata-se de um portal que, além de disponibilizar a programação dos canais televisivos hertzianos e de cabo, pode enviar por e-mail, mediante inscrição dos interessados, o horário personalizado da programação. Segundo o Diário Económico, Richard Bowden, fundador e único ‘staffer’ do portal, conta já com mais de um milhar de inscritos, após uma semana e meia sobre a abertura deste espaço na Internet. (Comentário: A ideia é interessante. Há, porém, uma questão que reconheço ser difícil de resolver, mas que evitaria termos o mail diariamente com mensagens do portal: é que as categorias de programas em que é possível pre-inscrever-se são excessivamente amplas. Haveria toda a vantagem de organizar esse registo por temáticas, em vez de (ou juntamente com) géneros).

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JPP do Abrupto prossegue a caracterização das "escolas de jornalismo político" em Portugal. A sua atenção vai, desta vez, para a "escola do Expresso". A próxima será a de O Independente e anunciada está a de O Jornal, hoje continuada na Visão.

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A propósito, Nat Hentoff, na Editor&Publisher, dá uns conselhos aos estudantes de jornalismo sobre a forma como estes devem encarar o caso de Jason Blair. Fairness is what we're supposed to be about, and that's why, on certain kinds of stories, you have to check your preconceptions with strict scrutiny. There is also the meaning of "accuracy." The debate about the function of J-schools is also going on in Canada. In the Ryerson Review of Journalism, Tamara Slomka tells of Stephen Kimber, director of journalism at the University of Kings College. His school teaches "journalistic thinking -- like legal reasoning in law or differential diagnosis in medicine -- as a particular way of looking at the world. It involves -- and requires -- intellectual rigor."

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Nos EUA prossegue o debate sobre o ensino do jornalismo. Um editorial do Boston Globe, intitulado Back to the basics, dá mais uma achega: At the risk of sounding hopelessly retro, not to mention naive, the mission, as I understood it, was to observe carefully, gather information accurately, and present it in a compelling but above all truthful manner. Context is critical -- always look to history, always check the clips. The story, not the writer, is the story.

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Alberto Dines, director do Observatório de Imprensa brasileiro, escreve na última edição do boletim, ainda acerca do caso Jayson Blair: "Ao decidir-se pela exposição das fraudes em quatro páginas de uma edição de domingo (11/5/03), o jornalão nova-iorquino derrubou o fetichismo em torno da infalibilidade da imprensa e confirmou o princípio de que todos os poderes devem ser fiscalizados e devassados. (...) Três semanas depois de intenso bombardeio da mídia nacional e internacional, o New York Times toma outra decisão extraordinária: vai criar uma comissão de sindicância externa para examinar as fraudes, o sistema que as facilitou e a escalada punitiva. A mensagem subjacente é clara: a mídia concerne à sociedade. Como serviço público – mesmo na condição de atividade privada –, a mídia está obrigada a submeter-se aos mesmos mecanismos e procedimentos usados para fiscalizar o conjunto de instituições sociais. O poder da imprensa como instrumento fiscalizador dos demais poderes obriga-a a despir-se das vantagens autoconferidas e auto-outorgadas. Ouvidores internos são importantes, ouvidores públicos mais ainda. Nada se compara ao despojamento e ao escancaramento que agora assistimos. Jornalistas saem ganhando, leitores saem ganhando e o jornal sai ganhando com a devassa propiciada pelo caso Jayson Blair. A imprensa assume-se como parte de um grande painel político, não pode manter-se em off, nos bastidores. Seus holofotes devem girar em todas as direções, inclusive para tirá-la da penumbra protetora. Se presidentes da República podem ser derrubados, se senadores podem ser punidos, se magistrados podem ser investigados, jornais e jornalistas não podem ficar impunes.(...)". Num outro texto da mesma edição, Dines comenta um recente caso brasileiro de fraude baseada em documentos forjados, que os grandes media trataram como se fossem autênticos e, tomando o caso Blair como exemplo, pergunta: "Nossos jornalões fariam o mesmo? (...) Algum repórter, editor ou publisher terá a hombridade de proclamar publicamente – "erramos" ou "desculpe o inconveniente"?! Algum jornal ou revista abrirá suas páginas para mostrar as leviandades cometidas ou convidará uma comissão de inquérito para fazer a devassa da devassa?"

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A altura das Feiras do Livro, nomeadamente as de Lisboa (que abre amanhã) e do Porto, são propícias ao lançamento de novos livros. Anoto dois, que saíram recentemente, ambos na Editorial Minerva: - Os Jornalistas nos Anos 30 e 40 - Elite do Estado Novo, de Helena Ângelo Veríssimo (sobre a importância da propaganda nos regimes autoritários da época, as comncepções de informação, o estatuto político e profissional dos jornalistas, a construção e consolidação do seu Sindicato); - A Comunicação - Temas e Argumentos, de José Rebelo e prefácio de José Manuel Mendes (tratando aspectos como os media e a justiça, a esquerda e a TV, despoluição da informação, estartégias mediáticas da comunidade científica, discurso publicitário, direito de informar e de ser informado, o ensino e a investigação da comunicação em Portugal, entre muitos outros).

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"Ética? Qual Ética?" é o tema genérico das VI Jornadas de Comunicação Social da Universidade do Minho que decorrem hoje e amanhã em Braga. O evento é da responsabilidade do Grupo de Alunos de Comunicação Social da UM (GACSUM). As Jornadas irão reunir alunos, profissionais e académicos das quatro áreas da Licenciatura em Comunicação Social da Universidade do Minho - Jornalismo, Publicidade, Relações Públicas e Audiovisuais. O painel de Jornalismo abordará a relação entre a informação e as audiências, o painel de Publicidade centrar-se-á nos temas da criatividade e conformidade, o painel de Relações Públicas abordará a relação entre jornalistas e fontes e, por último, o painel de Audiovisuais tratará de questões relacionadas com o realismo e espectáculo.

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O INE - Instituto Nacional de Estatística acaba de disponibilizar os dados definitivos sobre o cinema em Portugal em 2002. De acordo com a informação ontem divulgada, no ano passado "registaram-se 504 667 sessões de cinema correspondendo a um total de cerca de 19,5 milhões de espectadores e 73,2 milhões de euros de receitas de bilheteira. (...) Apesar de em 2002 se ter registado um acréscimo no número de sessões realizadas (12,1% face ao ano anterior), o número de espectadores manteve-se praticamente igual (0,1%)".

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The Jayson Blair Fiasco - assim se designa o extenso dossier neste momento com cerca de 7o textos publicados desde o passado dia 2, sobre o caso do jornalista Jayson Blair, despedido do The New York Times.

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Sugiro a leitura do artigo "Journalism's weakest link", de Ed Goodpaster, no The Christian Science Monitor de hoje: " (...) As for what is wrong with American journalism generally, we need a new definition of success. Mr. Blair was operating under the credo - self-imposed or not - that to make it in a profession/business that increasingly measures its victories on celebrity and not substance, you have to win big and you have to win often(...)". Sugiro igualmente "Truth or Blair: The Anonymous Source Issue - Editors Across U.S. Debate Their Use", que Joe Strupp traz hoje no Editor & Publisher. Jornalistas e editores de diferentes órgãos de informação discutem o problema das fontes anónimas e o modo como os editores do Times lidaram com este assunto no caso Blair.

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Depois de muitas vicissitudes e com muitos problemas nas emissões - não há telefones e as notícias circulam dificilmente e são difíceis de confirmar - a televisão iraquiana foi posta de novo no ar. Mas vale a pena ler o texto que o jornal Washington Post acaba de publicar sobre o assunto, para erceber o descontentamento entre muitos iraquianos, devido ao controlo editorial que os norte-americanos estão a exercer.

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O mundo não pára de nos surpreender: o Comité das Nações Unidas para as ONG (Organizações Não Governamentais) decidiu propor a suspensão por um ano da organização Repórteres Sem Fronteiras, que tem ali um estatuto consultivo. Motivo: a acusação de que a RSF perturbou a abertura da 59ª Comissão de Direitos Humanos, no pasado dia 17 de Março, em Genebra. Sintomático é que a proposta tenha sido apresentada por Cuba e que o referido Comité seja constituído em grande medida por países onde são frequentes os atentados à liberdade de imprensa. Comentando a proposta (que só se tornará efectiva se for aprovada pelo Conselho Económico e Social, uma estrtura dependente da Assembleia Geral da ONU), reage a Repórteres Sem Fronteiras: "Cómo tomarse en serio a los nueve países que han votado la proposición (China, Costa de Marfil, Cuba, Irán, Pakistán, Rusia, Sudán, Turquía y Zimbabue) ? Todos ellos, sin excepción, se burlan de las libertades más elementales. En cuanto a las autoridades cubanas, que fueron quienes llevaron la iniciativa de esta decisión, no han considerado importante ratificar los principales Pactos que se refieren a las libertades fundamentales, a pesar de que son miembros de la Comisión de Derechos Humanos. Todo esto daría risa si no fuera porque una decisión así traduce el estado de delicuescencia de todo un sistema que contempla como unos Estados, que se encuentran entre los más predadores del planeta en materia de derechos humanos, pretenden dar lecciones a los mismos que denuncian sus actuaciones y defienden a las víctimas."

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Uma exposição intitulada "Visões mágicas: o espectáculo óptico e a pesquisa científica", dedicada aos objectos de Óptica do século XVIII e XIX da Colecção de Instrumentos do Museu de Física da Universidade de Coimbra encontra-se desde ontem aberta na Cinemateca Nacional. O certame pode ser visitado até 31 de Julho.

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"Os Limites do Jornalismo Livre" - é o título de um artigo de fundo que José Manuel Fernandes tem hoje no jornal que dirige, o Público. Independentemente de se estar ou não de acordo com tudo o que ele diz, parece-me muito importante que tenha escrito o texto. Coloca o campo jornalístico e todos nós perante questões de enorme delicadeza e complexidade, mas que os acontecimentos mais recentes nos recordam que são incontornáveis no debate público. Deixo apenas dois parágrafos e a recomendação da leitura do texto integral: "(...) Em muitas redacções está fortemente arreigada a convicção de que "não se pode esconder nada", que não divulgar uma informação obtida de uma fonte anónima mas fiável é "censura", ou "auto-censura", e raríssimos são os jornalistas que se mantêm fiéis ao princípio definido no "Washington Post" durante a investigação do caso Watergate: é necessário que uma informação seja confirmada por pelo menos três fontes independentes e sem relação entre elas para que possa ser publicada. Infelizmente muitos jornalistas preferem "disparar primeiro e perguntar depois", sem olhar às consequências. Por isso, neste momento tão crítico e delicado, é necessário retomar os velhos princípios, no fundo... "back to the basics". Porquê? Porque neste processo a imprensa, os media, não são apenas mediadores: ao darem certas notícias tornam-se actores pois podem gerar danos irreparáveis. (...) "...como jornalista e como director do PÚBLICO, não editaria, sabendo o que sei, as notícias que sustentavam as manchetes de sábado do "Expresso" e do "Correio da Manhã". Não porque fossem falsas, mas porque ambas têm origem em depoimentos que não foram sujeitos ao contraditório. Não porque envolvam políticos, mas porque os alvos dessas notícias não tiveram qualquer hipótese de se defender".

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O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) acaba de disponibilizar na rede um conjunto de recursos sobre a grave situação repressiva da imprensa e dos jornalistas em Cuba. Intitulado "Crackdown on the Independent Press in Cuba", o sítio inlcui, nomeadamente, informação pormenorizada sobre os 28 jornalistas recentemente presos, juntamente com outros cidadãos, enquanto as atenções do mundo estavam centradas na guerra do Iraque.

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Um texto que traça uma panorâmica interessante sobre o fenómeno dos weblogs entre nós vem hoje no Diário Económico. Da autoria de Carlota Mascarenhas, intitula-se "Portugal adere em força aos ‘weblogs’". Considera que a "política é o tema mais discutido nos ‘weblogs’, devido à liberdade de expressão". Se se referir aos assuntos que mais controvérsia suscitam na blogosfera, é provável que seja verdade. Se quer dizer que é o tema mais frequente, aí já tenho mais dúvidas, a avaliar pelas visitas que tenho feito a muitos deles, no quadro da preparação do encontro sobre weblogs, em Setembro próximo.

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... e a propósito da notícia do DE e de outras que têm surgido mais ou menos recentemente ( outro ex.: a peça de abertura do suplemento 'Computadores', do Público de hoje, sobre a conferência BlogTalk, deste fim de semana, em Viena): será que alguém está a recolher de forma sistemática os textos jornalísticos e outros que, em Portugal, se vêm escrevendo sobre os weblogs? Seria um serviço importante não apenas a recolha, mas a disponibilização na net, para futuro estudo. Se não está feito, seria um trabalho a fazer. Pela parte que me toca, tenho arquivado alguma coisa, mas não o fiz sistematicamente. Quem quer dar informações ou comentar este assunto?

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"A cobertura noticiosa dos últimos acontecimentos sobre o caso da pedofilia na Casa Pia justifica uma reflexão sobre a chamada «fuga» de informação, uma vez que ela se tornou um dos mais poderosos instrumentos estratégicos de gestão da informação por parte de fontes com acesso a esse processo" - escreve, na sua coluna semanal, a provedora do Leitor do DN, Estrela Serrano. O texto chama-se "A arte da 'fuga'".

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Comentário Os media e o caso Casa Pia Foi através do jornalismo que a sordidez da rede de pedofilia, de contornos ainda por apurar, veio à luz do dia. O processo judicial desencadeado começou a fazer o seu caminho e é no âmbito do seu desenvolvimento que ocorre agora a mais recente e, de certo modo, mais inesperada e chocante prisão, a do ex-ministro e deputado do PS, Paulo Pedroso. Há, neste caso, interesses contraditórios em jogo, assim como há riscos de atropelo de direitos fundamentais e mesmo potencial conflito entre direitos. Por exemplo, o direito à presunção de inocência até sentença transitada em julgado cai completamente por terra com a mediatização e exploração deste tipo de casos por alguma comunicação social. Como observa hoje Mário Mesquita, num texto no Público, que vale a pena ler com atenção, a presunção de inocência "no teatro dos media", corre o risco de se converter em "presunção de culpabilidade". O direito à informação sobre matérias de evidente interesse público pode conflituar com o legalmente prescrito no tocante ao segredo de justiça. Os jornalistas e os media podem tornar-se facilmente objecto de estratégias de fontes poderosas e, evidentemente, interessadas e, em lugar da informação, estarem a servir de palco de guerras, manobras tácticas e estratégicas e de ajustes de contas por parte dessas fontes. Assim, entendo que o apelo à contenção feito ontem pelo presidente da República - e que os directores do DN e do Público também valorizam em editoriais destes últimos dias - dirigindo-se em primeiro lugar às televisões, revela-se oportuno e pertinente para todos os media jornalisticos. Mas entendo que é sobretudo um apelo a uma vigilância acrescida e a uma atenção suplementar no rigoroso cumprimento do código deontólogico da profissão. O trabalho jornalístico e o da justiça desenrolam-se em esferas e com lógicas específicas e a colectividade lucra em que os dois possam efectuar-se sem peias e com respeito recíproco. Por um caminho e por outro se pode progredir no esclarecimento da verdade e na reparação que de algum modo a sociedade deve às muitas crianças da Casa Pia que foram violentadas sexual e psicologicamente.

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Terminou hoje em Viena a "BlogTalk - A European Conference On Weblogs", que contou com a presença e intervenção de alguns dos nomes mais destacados do fenómeno weblog. A título de curiosidade, um trecho da comunicação de Gilbert Cattoire, que mostra, além do mais, a diversidade de caminhos que conduziu ao fenómeno em debate na conferência: "Spring 1995, Sarajevo: a peculiar accident in journalism occurred. Backed by 26 international newspapers and the Unesco, a team of 3 journalists and a telecom engineer, equiped with laptops and portable satellite phones (45 Kgs back then!), was sent to the then besieged city to build a satellite IP link and start a forum involving representants of the city and "the rest of the world". The operation was called Sarajevo Alive - Sarajevo Online. It was meant as a gesture of solidarity with the local daily Oslobodjenje. The team’s official assignement was to interview a few selected personalities; political debates were to be avoided. Something unexpected happened: the team in Sarajevo, more often than not blocked in public places while waiting for artillery alerts to end, took the decision to let any inhabitant express themselves on whatever topic they wanted – what is more, all postings were published unedited and uncensored on the operation's website. The resulting content was a breakthrough in war journalism: a besieged city's online diary, the pulse of of collective madness induced by war, updated daily, to which people all over the world responded spontaneously, answering the numerous messages in a bottle ( contacting relatives abroad, engaging in dialogues, sending unsollicited gifts of all kinds..). The website was updated twice daily via email. The feed was also available via a mailing list. Emotional response was overwhelming. Internet as a medium was beyond doubt the “hottest” of all. The episode demonstrates something that many journalists still have to discover: enabled by emerging digital communications, the audience fits quite naturally as an integral part of the information process, influencing the course of events as they happen. Journalism is evolving away from its mandatory lecture mode to include conversations and actions. Call it the experience of “direct reality.”

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A Associated Press Management Editors (APME) lançou, no quadro do seu projecto "National Credibility Roundtables" um conjunto de iniciativas no sentido de reduzir riscos como o de falsificação de notícias e de valorizar mais o papel dos leitores nesse terreno. A iniciativa surge na sequência da eclosão do caso dos plágios e falsificações cometidos pelo jornalista Jayson Blair, que trabalhou até este mês no The New Yoprk Times. Alguns ecos já referenciados num texto recente publicado no Poynter On-line (Readers: Why We Don't Alert Media To Mistakes - Reflections on credibility), põe-se ênfase no autismo e arrogância dos jornais face aos alertas, chamadas de atenção e queixas dos leitores. Eis as perguntas colocadas a leitores de dezena e meia de publicações, cujas respostas estão ainda a ser recebidas: - "Have you ever contacted the newspaper about an important mistake in a story? If so, were you satisfied with the response? - Have you ever noticed an important mistake in a story that you did not call to the newspaper's attention? If so, why didn't you let us know? - Have you ever been misquoted in the newspaper? - Has the media acted responsibly in attempting to report on the scandal and correct the stories? - Does this change the way you think about the media and its credibility?"

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Os jornalistas franceses envolvidos na cobertura da recente guerra no Iraque não se mostram particularmente satifseitos com o balanço do trabalho realizado. Num recente colóquio organizado no Centre d' Accueil de la Presse Étrangère, pelo sociólogo Jean-Marie Charon- de que Le Monde se fazia eco, há dias - o factor determinante para as limitações apontadas residiu nos constrangimentos impostos de um e outro lado do conflito. "Certains ont vécu la guerre en Irak dans le huis clos de l'hôtel Palestine à Bagdad, d'autres ont partagé le quotidien des troupes américaines et britanniques (les "embedded"), d'autres ont avancé en indépendants (les "unilaterals"), dans la foulée de l'armée. Au total, pourtant, peu de journalistes ont observé de leurs propres yeux le véritable engagement militaire pendant les trois semaines qu'a duré la guerre en Irak. Ils n'ont pas été davantage les témoins directs des effets des 30 000 bombes lâchées par les forces de la coalition".

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Ainda a propósito do próximo "Falar Televisão", de terça-feira que vem, dedicado ao fenómeno das telenovelas em Portugal, é de referir que a edição relativa à Primavera deste ano do Global Media Journal, é inteiramente dedicado às telenovelas latino-americanas. O dossiê foi co-editado por Joseph Straubhaar (University of Texas at Austin ) e Antonio La Pastina (Texas A&M University). O conteúdo da edição encontra-se disponível on-line. Referência para dois textos: - The centrality of telenovelas in Latin America’s everyday life: Past tendencies, current knowledge, and future research, de Antonio C. La Pastina, Texas A&M University, Cacilda M. Rego, University of Kansas, & Joseph Straubhaar, University of Texas at Austin. - Novelas, Novelinhas, Novelões: The Evolution of the (Tele)Novela in Brazil, Cacilda M. Rêgo, The University of Kansas. (via JBCC, nº N. 218 - 23 de maio de 2003)

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O investigador do campo da comunicação Luis Ramiro Beltrán assumiu recentemente o cargo de Defensor do Leitor dos jornais do Grupo de Prensa Líder, na Bolívia. Um outro caso análogo é o de Josep Maria Casasús, Defensor del Lector do jornal catalão La Vanguardia. (fonte: id., ibid.)

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Um resultado raro, hoje em dia, aquele que foi conseguido pela RTP, com a transmissão da final da taça UEFA entre o F.C.Porto e o Celtic de Glasgow: uma audiência de 29,7 por cento (quase três milhões de pessoas), correspondentes a e um "share" de 67,5 por cento - quota dos que viam televisão à hora do jogo. No conjunto do dia, a RTP1 conseguiu um "share" de 47,4 por cento dos espectadores, sensivelmente o dobro do que costuma alcançar, segundo dados da Marktest. A notícia, mais desenvolvida, está no Público.

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Sobre o fenómeno e o filme Matrix Reloaded, de Andy Wachowski, Larry Wachowski, que hoje estreia, uma série de apontadores fornecidos há dias por Vincent Truffy, no jornal 'Le Monde': - Analyses et interprétation de Matrix réalisées pour la promotion de Matrix Reloaded (Warner Bros.). - Le marketing mystico-philosophique de Matrix (The Boston Globe, avril 2003). - Essais sur Matrix et ses sources (William Gibson, Platon, Jeab Baudrillard, René Descartes, Lewis Carroll...) glanés sur le Net. - "Matrix et la philosophie" (critique de l'essai de William Irvin, Salon.com, décembre 2002). - "Bouddhisme, christianisme et Matrix : la création des mythes dans le cinéma contemporain" (The Journal of Religion and Film, octobre 2000). - "Démons, sauveurs et simulacre dans Matrix". - "Qu'y a-t-il de mal à vivre dans la Matrice" (James Pryor, université Princeton, janvier 2003).

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...E por referir 'Le Monde', a edição de hoje traz um trabalho do correspondente do jornal em Nova Iorque, no qual alude ao clime de "grave crise de confiança" que se vive no 'The New York Times', na sequência do ".caso Jayson Blair". Escreve o jornalista Eric Leser, acerca do que significa trabalhar naquele que considera ser "o jornal mais respeitado e mais influente no país" e cujas tiragens, ao contrário da generalidade, têm vindo a subir: "Pour les journalistes, y être admis, c'est entrer en religion, celle du culte de la vérité, de l'excellence professionnelle. "Il s'agit du journal dont l'édition est la plus rigoureuse au monde", selon les propres mots de l'éditorialiste William Safire. Les journalistes y croyaient, les lecteurs aussi. C'était avant l'affaire Jayson Blair."

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Quer numa intervenção, há dias, em Coimbra, quer ontem numa aula sobre a relação entre ôs públicos e o jornalismo tinha aludido ao "jejum e abstinência" em que o Público nos colocou relativamente ao Provedor do Leitor. O Diário Económico de hoje anuncia novidades sobre o assunto, confirmando, de resto, uma informação que tem alguns meses: o jornalista Joaquim Furtado foi convidado para o cargo. Desde o Outono de 2001, quando Joaquim Fidalgo terminou o seu mandato, que os leitores do Público aguardam por novidades. O que o DE diz é que Furtado foi convidado, mas ainda não deu resposta. (Quer os textos de Jorge Wemans, quer os de Joaquim Fidalgo, os anteriores provedores, encontram-se disponíveis no site do jornal).

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O Fórum nº 13 do "Falar Televisão", organizado por José Carlos Abrantes, aborda, desta vez, o fenómeno das telenovelas. Será no dia 27, 3ª feira, no Institut Franco Portugais. Começa, às 16h30 com uma Conversa com S. Patrícia Bull ("De uma licenciatura em jornalismo a actriz de telenovela"). Às 18 horas, terá lugar o painel sobre "A telenovela em Portugal", com o actor Virgílio Castelo, a professora Isabel Ferin e o realizador e argumentista Jorge Paixão da Costa. Apresentando o debate e antecipando algumas das questões a debater, escreve o organizador: "A telenovela tem sido um dos géneros mais programados nas televisões generalistas. A SIC e a TVI têm programado com extremo cuidado a sua exibição, tendo a TVI, nos últimos anos, investido, com bons resultados de audiência e comerciais, na produção de telenovelas portuguesas. Que públicos vêem a telenovela em Portugal? Como são as telenovelas assimiladas por esses públicos? Quem estuda e como se estuda este género televisivo em Portugal? Como são criadas e produzidas? Que constrangimentos e potencialidades existem para os actores que nelas participam? Que lugar e porquê ocupam as telenovelas nas programações? O serviço público deve ou não investir também neste género televisivo? Que evolução tem tido a inserção da telenovela brasileira na programação das televisões portuguesas ao longo dos anos?"

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"Sex loses its appeal" ...on TV ! É essa a conclusão de um estudo elaborado nos Estados Unidos da América pelo "Parents Television Council", o qual incidiu sobre as principais cadeias de televisão (ABC, NBC, CBS, Fox, entre outras). O estudo, acabado de publicar, teve por base as duas primeiras semanas de Novembro dos anos de 1998, 2000 e 2002. "The results were astounding. Every broadcast network but the WB has experienced a decrease in sexual content during the Family Hour (8-9:00 p.m. ET/PT), and every network but the WB and UPN has shown improvement during the second hour of prime time (9-10:00 p.m. ET/PT). Overall, sexual content is down during the first two hours of prime time". (A versão completa do estudo pode ser lida aqui)

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O Libération faz hoje 30 anos. Ficamos a saber, relativamente à fase de arranque, que os solavancos foram ainda mais fortes do que ocorreu, 17 anos depois, com o nosso Público. Os "festejos" acontecerão apenas em Setembro e passam por: - edição de um "Almanach des 30 ans, un album de 450 pages racontant trente ans de cavalcades du monde, des idées et des hommes vus par Libération", o qual contará com a direcção artística do italiano Oliviero Toscani. - "des modifications du quotidien, (...) des innovations, (...) la création de nouveaux espaces rédactionnels, pour le rendre encore plus acéré, plus analytique, plus clair, plus en prise avec de nouveaux centres d'intérêts". (via Ponto Media).

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Um estudo bastante interessante que pode servir para exemplificar, entre nós, as abordagens chamadas de agenda-setting é-nos proporcionado pela mais recente edição da newsletter da Marktest: uma retrospectiva sobre os acontecimentos considerados mais negativos e mais positivos, por uma amostra inquirida na Grande Lisboa e no Grande Porto, relativamente ao período que vai de Outubro de 2002 aos princípios deste mês de Maio. "Cruzando os dados obtidos semanalmente nestas sondagens com os fornecidos pela MediaMonitor sobre a exposição mediática (...) resulta que claramente existe uma relação directa entre a exposição de um determinado tema na televisão e a sua referência na sondagem". Vale a pena ler (sendo que o acesso ao documento exige registo prévio).

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Qual a dinâmica de uma história na blogosfera? O blog Microdoc News decidiu-se a estudar "the way a story enters the blogosphere, develops, and draws to a conclusion". Com base em 45 estórias que circularam nesta zona da internet nos últimos três meses, uma primeira conclusão: "blogosphere story has a definite beginning, develops along quite predictable lines and comes to a predictable end. Stories develop over a period of between 7 and 27 days". Vale a pena ler o texto.

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Foi pela via do mesmo Microdocs que fui parar ao Plastic Bag, onde encontrei o texto How do we find information in the blogosphere.

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Na última coluna da Provedora do Leitor do DN - que ainda não tinha lido - Estrela Serrano reflecte sobre a análise a que procedeu das manchetes daquele diário, na primeira semana deste mês. Resultados e conclusão do texto (intitulado "Jornalismo sentado"): "Das oito manchetes analisadas, seis (correspondentes aos dias 1, 3, 5, 6, 7 e 8), baseavam-se em documentos oriundos de fontes oficiais ou declarações de entidades públicas _ Ministério da Educação, Ministério da Segurança Social, Tribunal da Relação do Porto, advogados dos arguidos Hugo Marçal e Fátima Felgueiras, União Europeia _ uma, resultava de despachos de agências (sobre o sismo na Turquia) _ e outra antecipava a festa do Futebol Clube do Porto (um dossier de cinco páginas sobre o clube, com notícias, análises e entrevistas). Verifica-se, pois, que nessa semana a agenda do DN foi maioritariamente construída com base em agendas de departamentos oficiais. (...) Em suma: na semana analisada a agenda do DN foi maioritariamente construída sobre outras agendas, com pouco recurso a investigação própria".

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A mais recente edição do Observatório de Imprensa inclui, sob o título genérico "Vacina contra o estelionato jornalístico", várias peças sobre as incidências, reflexos e problemas suscitados pelo caso de Jayson Blair, o ex-jornalista de The New York Times que "se fartou" de plagiar e inventar trabalhos publicados naquele jornal nos últimos anos: Ecos de uma trapaça histórica, e A resposta do padrão de excelência, de Beatriz Singer, que aborda os ecos nos EUA, e "This is The New York Times", Luiz Weis, que aborda o tratamento dado ao assunto na imprensa do Brasil.

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"Meta-blogando": um grupo de blogs acaba de lançar o Blogosfera.org, um projecto de escrita colaborativa que, num dos últimos posts lança para debate o "misteriorioso enigma" que consiste em saber a razão pela qual escrevemos posts: "Por qué tenemos un blog? Para quién escribimos o colgamos fotos o dibujos? Podemos dejar de hacerlo durante un tiempo? Se puede fácilmente abandonar definitivamente?" (via eCuaderno).

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JPP refere, num post de ontem, no Abrupto, que está a preparar uma nota "sobre as escolas do jornalismo político português" e, para abrir o "apetite" para ela, faz das críticas mais contundentes que já vi aos comentários dominicais de Marcelo rebelo de Sousa, na TVI. Deixo apenas a abertura e o fecho: "(...) para quem vê e ouve Marcelo Rebelo de Sousa na TVI é fácil perceber que a sua conversa é estruturada como se fosse um jornal semanário, como se fosse o Expresso quando ele o dirigia (...) De facto não é preciso uma multidão de jornalistas para fazer um jornal - Marcelo faz um todas as semanas sozinho e , quando se percebe a lógica , mais transparente porque é na primeira pessoa". Vale a pena ler. Só falta chamar a atenção para um facto que não é apenas característico de MRS: o frequente duplo estatuto de comentadores e de actores daquilo que comentam. No caso de MRS, não será indiferente o estatuto de "o professor", reiteradamente sublinhado pela estação televisiva.

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O Conselho de Ministros aprovou hoje uma nova Lei da Televisão que consagra as opções já anunciadas pelo HGoverno em Dezembro passado, diz o Público On Line. "(...) a nova Lei da Televisão, que substitui a taxa de rádio pela contribuição para o audiovisual, regula o financiamento da RTP e conteúdos e lança as bases do futuro canal Sociedade". Ainda segundo a edição online, a RTP "será apenas financiada através do Orçamento do Estado (OE) e do remanescente da RDP, tendo o Governo decidido que o montante a dar à estação pública pelo OE fica desde logo fixado para um período de quatro anos (o mesmo valor para cada um desses anos fica definido à partida)".

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Num inquérito realizado junto de crianças dos EUA, 33% escolheram a Internet como o meio de eleição caso tivessem que optar entre a web, a televisão ou o telefone. Aqui fica a tabela: Dica de E-Media Tidbits.

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O Notícias da Amadora colocou online os 20 números que há mais de um ano vem a editar dosseus cadernos «Censura 16». Reproduzem provas censuradas do arquivo do jornal e que foram parcial ou integralmente cortadas. Os cadernos publicados pelo jornal constituem um valioso instrumento de estudo. Já editou quase 400 páginas [formato A4] de provas censuradas e mais de 50 páginas de artigos que contextualizam a época ou as temáticas tratadas e que analisam a intervenção coerciva dos censores. O jornal esteve submetido à Censura ou ao Exame Prévio durante 16 anos [1958-1974] e o seu acervo compreende mais de 3.000 artigos de opinião, cartas de leitores, crónicas, editoriais, entrevistas, inquéritos, notícias, recensão de livros, reportagens e revista de imprensa, dos quais 820 peças foram integralmente cortadas. A iniciativa do Notícias da Amadora tornou acessível a milhares de pessoas o conhecimento sobre os mecanismos da censurância. Esse acesso tornou-se agora muito mais amplo com a colocação dos cadernos na página Web do jornal. Constitui material de apoio pedagógico, para os diversos graus de ensino, uma fonte de informação sobre a história contemporânea e, além disso, constituem materiais de investigação nos domínios dos direitos e liberdades, da comunicação e jornalismo ou das diferentes temáticas a que se referem.

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Notas no Abrupto sobre a cobertura mediática, especialmente a televisiva, do caso de Felgueiras e da agressão a Francisco Assis: "Os jornalistas que estão em Felgueiras, salvo honrosas excepções, usam uma linguagem legitimadora do que aconteceu (a “multidão”, a “população”, os populares”, sem qualquer esforço para dar números, e identificar responsáveis que o deveriam ser dado que estiveram como tal identificados na “vigília” anterior) e , quando confrontados com os agressores , fazem sempre perguntas meigas e ao lado. É o mesmo tipo de reverência que tem com Pinto da Costa". "Estou a ver o telejornal das 13 horas sobre a agressão a Assis . O texto é inacreditável: "Francisco Assis ainda tentou entrar na sede do PS em Felgueiras , a população em fúria impediu-o ." . A "população" ? É insuportável esta falta de cuidado que legitima a violência".

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E, por falar no Abrupto, vem a propósito referir a tomada de posição que alguns blogs assumiram relativamente ao texto que o Expresso de sábado, na revista Única, dedicou à blogosfera portuguesa. Depois de criticarem o facto de, alegadamente, os jornalistas portugueses não lerem os blogs, referem: "É verdade que em todos os países onde o fenómeno dos blogs surgiu é frequente a imprensa tradicional desvalorizar este novo meio, pondo em causa a sua qualidade e credibilidade. Mas ao menos essa imprensa conhece o fenómeno que critica. O mesmo não podemos dizer sobre os nossos jornalistas". Comentário meu: pergunto-me se o caso justificaria a contundência da resposta e, sobretudo, se ela contribui para que o problema suscitado, a ser real, se venha a superar. Sobre o assunto, uma observação de JPP: "É natural que uma parte da peculiaridade dos blogs seja falarem entre si , mas com 400 blogs e a subir de número todos os dias , isso deixa de ter sentido . Acresce que se o novo meio se pretende influente e competitivo, mesmo na sua especificidade , é para fora que tem que falar , sendo natural que passe a ser citado na imprensa e as opiniões aqui dadas a terem o curso normal das opiniões - as que tem pernas para andar , andam". Comentário meu: é claro que os blogs não são todos da mesma natureza. Alguns deles assumem-se claramente como voltados para si mesmos ou para um pequeno círculo. Mas aqueles que pretendem assumir uma "voz" no espaço público, esses, devem levar a sério a observação de JPP.

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O Portal Infoamerica lança depois de amanhã o seu Boletim diário de notícias. Este serviço, acessível através do endereço do portal, "aordará la actualidad cotidiana de la comunicación y de los medios, tanto en los escenarios profesionales como en los académicos". Para tal além de uma professora e uma blolseira sediadas na Universidade de Málaga, contará com uma rede de correspondentes em todo o espaço iberoamercano.

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A revista CritiCom, também da iniciativa do portal Infoamerica, passa a dispor de uma página própria, estando já disponível o seu número zero. A CritiCom define-se como "publicação académica digital contínua", apresentando, para já, três textos: "Transformación del paisaje después de la guerra. Preguntas a una respuesta (Sobre la reconstrucción del discurso crítico)", de Bernardo Diaz Nosty; "Ciências da Comunicação na América Latina. Itinerario para ingressar no seculo XXI", de José Marques de Melo; e "Los medios y la modernizacion de Andalucia".

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Se quiser (e puder) assistir a um painel sobre o tema "Doing Weblogs for Newspapers and Local News Sites" promovido pela Graduate School of Journalism da Universidade de Berkley nos Estados Unidos, poderá fazê-lo através da internet, clicando aqui. A iniciativa decorrerá a partir das 19 horas (hora local) e terá a duração de 75 minutos. Participam Ken Sands, editor de online e novos media da The Spokane Spokesman-Review e Paul Andrews, colunista sobre tecnologia do Seattle Times e autor do "The Paul Wall Weblog". O evento inscreve-se num conjunto mais vasto de iniciativas sobre "Multimedia Reporting & Convergence" (cf. programa completo), que se prolonga até sexta-feira. (via blog de JD Lasica).

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Não sei se já conhecem ""The Dullest Blog in the World.". Já por lá tinha passado, com um sorriso inevitável àquela postura minimalista do autor. O "The New York Times" acaba de mostrar quem é o seu autor: Dave Walker, 32 anos cartoonista e web editor de Cookham, Inglaterra. "Mr. Walker has raised dull blogging to an art form by meticulously chronicling mundane events in his life: checking e-mail, turning his head to the right, walking past the ironing board, and thinking about making some food. His minimalist musings have attracted something of a cult following, with his blog (...) counting about 85,000 page views a month. Seldom has dullness generated such keen interest".

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A revista francesa "l'Express", fundada por Jean-Jacques Servan Schreiber e Françoise Giroud, completa agora 50 anos de existência. Ontem, o Diário de Notícias publicava uma entrevista com o actual director, Denis Jeambar. O que vale a pena visitar, no site da publicação, é o dossier comemorativo, que entre vários motivos de interesse, inclui 50 anos de imagens, 50 anos de anúncios publicitários, a reprodução das capas no mesmo período e quatro entrevistas, entre as quais a de Dominique Wolton e Joel de Rosnay.

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Os jornalistas Eduardo Dâmaso (Público) e Sofia Pinto Coelho (SIC) consideram que "não há jornalismo de investigação", mas apenas "atitudes de investigação". Motivos, segundo notícia do Público: "As direcções dos jornais não arriscam a cabeça nisso. É uma coisa muito complexa e cara. A vida não está para esses luxos". (Eduardo Dâmaso). As afirmações foram feitas no quadro de um debate sobre "Jornalismo e Justiça" em que intervieram também Rui Carmo, director-adjunto do Centro de Estudos Judiciários, e Sara Pina, assessora de imprensa da Procuradoria-Geral da República.

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"El lenguaje de la publicidad de los videojuegos - La violencia y la publicidad en los videojuegos", por Luis Veres, professor da Universidad Cardenal Herrera-CEU, Valencia, Espanha. Revista "Caleidoscópio", n.5, Junho 2002.

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"Gulf War III - Covering the Coverage" assim se intitula o tema forte do mais recente número da revista egípcia "Transnational Broadcasting Studies", editada pela Americam University in Cairo. Um número repleto de motivos de interesse. De destacar alguns textos de autores do Médio Oriente (ex.: "Watching the War" in the Arab World, de Hussein Amin), a cujas perspectivas estamos menos habituados. Igualmente um texto de Brian McNair sobre "The Iraq War As Seen In Britain: UK Satellite Coverage". Poder-se-á perguntar: porquê a terceira guerra do Golfo, quando pareceria consensual que fosse a segunda. A resposta dos editores da revista: " (...) we have chosen to refer to it as Gulf War III, which is the way many writers in our region - the Middle East - perceive the war. The difference is symptomatic, on both sides of a great divide made greater by virtue of this conflict (...)".

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Dois livros na área de jornalismo serão lançados na próxima semana: - "Foi Você que Pediu um Bom Título?", do jornalista e investigador Dinis Manuel Alves (um site de apresentação da obra pode ser consultado aqui). A sessão de lançamento terá lugar na próxima segunda-feira, dia 19, pelas 18h30, na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra. Intervirão Júlio Taborda Nogueira (que foi Professor Convidado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), Manuel Pinto (Universidade do Minho) e Alberto Arons de Carvalho (Professor da Universidade Nova de Lisboa). A obra, editada pela Quarteto, procura responder a perguntas como. "O que é um título jornalístico? Que funções desempenha? Que dificuldades encontramos na sua concepção? Como superá-las?". Dinis Manuel Alves, licenciado em Jornalismo e em Direito pela Universidade de Coimbra, jornalista e investigador no campo dos media, "responde a estas e a muitas outras questões, num livro escrito em linguagem acessível, profusamente ilustrado, contendo vasta panóplia de exemplos referentes à arte e às técnicas de bem titular". Atendendo à variedade e riqueza dos temas abordados, o trabalho agora publicado pode interessar a profissionais da comunicação, nomeadamente jornalistas, repórteres fotográficos, designers gráficos, bem como estudantes, professores, magistrados judiciais e cidadãos preocupados com a educação para os media. - “Jornalismo e Literatura: Inimigos e Amantes ?” da escritora-jornalista Helena de Sousa Freitas. O livro é prefaciado pelo jornalista e escritor Baptista-Bastos e será apresentado pelo escritor-jornalista José Viale Moutinho no próximo dia 22, quinta-feira, às 21h30, no Auditório da Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim. A obra, editada pela Peregrinação Publications, procura "esclarecer a polémica relação entre jornalismo e literatura, e o que leva os profissionais de ambos os ofícios a partilharem estas duas realidades, e se isto beneficia ou prejudica quem os exerce".

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É de estar atento às movimentações estratégicas no universo PT: está a ser estudada a saída da Lusomundo Media da PT Multimédia, passando para a dependência da ‘holding’ do grupo. Esta deslocação, que deverá ser tomada até ao Verão, visa criar margemn à comissão executiva do grupo para estudar eventuais parcerias, preferencialmente com um grupo nacional do sector, segundo declarações há dias feitas por Miguel Horta e Costa, presidente da PT, citadas pelo Diário Económico. A Lusomundo Media controla, entre outros activos, os jornais Diário de Notícias, Jornal de Notícias, 24 Horas e a rádio TSF. A PT controla ainda a TV Cabo e os títulos regionais DN Madeira, Jornal do Fundão e Açoriano Ocidental, sendo ainda accionista da agência Lusa. A este propósito, ouvia ontem os analistas da Bolsa da TSF comentarem que os investidores na PT Multimédia vêem com muito bons olhos esta saída da componente media, uma vez que constituía um peso que estava longe de valorizar as acções da PTM. Ou seja: a procura das parcerias pode ser apenas uma parte do problema.

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Notícia no DN de hoje, sobre a situação dos órgãos de comunicação locais e regionais: "A maioria dos títulos da imprensa regional quer que o Estado os ajude a melhorar o seu circuito de distribuição. Já as rádios locais pretendem apoios para a sua modernização tecnológica. São duas prioridades distintas que resultam do périplo que o secretário de Estado adjunto do ministro da Presidência efectuou pelo País, onde preparou o terreno para as medidas que o Governo quer apresentar. Tudo para que a comunicação social regional se transforme num negócio lucrativo assente em projectos mais modernos e profissionais". Bem, "negócio lucrativo" à parte, fala-se também de outras questões importantes, como o porte pago, a publicidade, a contratação de jornalistas e a possível "extinção dos projectos que não se adaptem a um mercado mais competitivo".

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Na página dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) podem ler-se dois artigos cujo ponto comum é terem a China como pano de fundo. "Living dangerously on the Net" aborda a questão da monitorização e censura dos fóruns de opinião na Internet. Um membro dos RSF estudou durante vários meses as técnicas de censura vigentes nesses fóruns, e chegou a dados muito interessantes, incluindo técnicas para iludir os filtros automáticos (por exemplo, pondo asteriscos entre as letras) e assuntos sensíveis para as autoridades ("O estudo mostrou que os webmasters dão prioridade à censura de mensagens que criticam o Governo"). Os internautas mais afoitos na escrita acabam muitas vezes por ser banidos dos fóruns, e não é de todo raro que alguns acabem por ser presos. Mas não é só o Governo chinês que está "protegido" pela repressão informativa. Um dos assuntos que tem sido alvo de censura nos fóruns e também na comunicação social chinesa é a "Síndrome Respiratória Aguda", conhecida internacionalmente pela sigla SARS. De acordo com o artigo dos RSF, as autoridades afirmam que "os artigos [a publicar] sobre SARS devem limitar-se à informação divulgada pela agência noticiosa oficial Xinhua ou pelo jornal governamental The People's Daily". É a tática da avestruz, que de certeza ajudará "imenso" a controlar a doença, sobretudo no país que até agora mais vítimas possui. "A China continua a ser a fonte das maiores preocupações. Há 5086 pessoas infectadas e 262 morreram", diz a notícia mais recente sobre o assunto na Última Hora do Público.

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O Diário Económico de hoje traz um artigo sobre o crescimento do mercado de conteúdos, via telemóvel, em Portugal. Os números divulgados englobam tanto a informação como o entretenimento e as mensagens pessoais, mas segundo o que adianta um responsável de uma das operadoras, é possível, mesmo assim, antever uma tendência de crescimento deste mercado. Um estudo da Andersen Consulting, elaborado para a Comissão Europeia, revela que o mercado dos conteúdos para telemóvel deverá valer 3,7 mil milhões de euros em 2006. E, importante também, "a análise (...) adianta que os utilizadores têm tendência para preferirem conteúdos produzidos nos respectivos países e que o envio de alertas e títulos fomenta o consumo de imprensa".

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Jornalistas comentam guerra do Iraque - Debate em directo na net, com a presença de Carlos Fino "Desmistificar a guerra, discutir como ser imparcial num contexto de restrições de segurança e imposições de governos, refletir sobre as acções dos media em coberturas de acções bélicas e revelar o sentimento de viver o dia-a-dia de um conflito de grandes proporções e milhares de vítimas. Esses são alguns dos temas presentes no debate Mídia e Guerra: Cobertura Imparcial? que terá lugar hoje, a partir das 10 horas (hora do Brasil). O evento reúne jornalistas que acompanharam a guerra do Iraque - Sérgio Dávila, da Folha de S.Paulo e Carlos Fino, da RTP (Rádio Televisão Portuguesa) - e em outros conflitos internacionais - Carlos Eduardo Lins da Silva, diretor-adjunto do jornal Valor Econômico e doutor em Ciência da Comunicação pela USP, e Moisés Rabinovici, jornalista que cobriu diversos conflitos internacionais - sob a mediação do âncora da CBN, Heródoto Barbeiro. O debate será transmitido ao vivo pela STV - Rede Sesc Senac de Televisão, pelo Globo Media Center do portal Globo.com, pelo Site do Instituto Embratel 21 e pelo Multimídia do Itaú Cultural. "Com envio de sinal pela Direct TV - observam os organizadores brasileiros - as redes de televisão portuguesas RTP e RTPI, que apresentam um talk-show no horário, irão também exibir trechos do debate e, por meio do apresentador, enviar perguntas aos debatedores". Nma (rápida) visita ao site da RTP não encontramos, em destaque, qualquer referência ao assunto.

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Os blogs que utilizam o Falou & Disse, como é o caso deste, estão, desde ontem, privados do serviço de comentários, devido a um problema técnico. Segundo o responsável, Fábio, "estão com um problema de roteador lá no host". Estamos a torcer para que a dificuldade se resolva rapidamente.

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Chegou o dia de anunciar o I Encontro Nacional sobre Weblogs. Será em 18 e 19 de Setembro, na Universidade do Minho, em Braga. A plataforma onde, de forma mais visível ocorrerá a preparação da iniciativa será, como não podia deixar de ser, um blog: o Encontro sobre Weblogs. Os organizadores são um grupo de bloggers que foram trocando ideias e propostas sobre o assunto. Estão a dirigir uma carta aos colegas portugueses, em que apontam os objectivos da iniciativa: (...) os bloggers poderem encontrar-se para se conhecerem, reflectirem sobre o fenómeno dos weblogs em Portugal e pensarem o futuro. Sobre o formato e o conteúdo do encontro: Procurámos, no formato que propomos, conciliar a abertura à participação com a definição de alguns eixos temáticos. Assim, previmos duas sessões gerais e três painéis temáticos. Nas sessões gerais, a de abertura contará com uma análise de situação e perspectivas de desenvolvimento do fenómeno dos weblogs; a sessão final partiria de uma síntese dos pontos mais relevantes suscitados ao longo dos debates e serviria para desenhar linhas de trabalho para o futuro. Quanto aos painéis, previmos três áreas, cada uma delas relativamente aberta: 1) participação e espaço público; 2) investigação, ensino e aprendizagem; 3) jornalismo e comunicação. Em cada painel tomarão parte representantes de dois blogs convidados, ficando outros dois abertos a inscrição. Está prevista a apresentação de comunicações e de posters, quer nas áreas referidas quer de carácter mais transversal ou geral. É também anunciado o lançamento em breve de um inquérito sobre os weblogs portugueses, cujos resultados serão apresentados no decorrer do encontro.

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Chamaram-me a atenção para o texto "Aftermath of the war - Internet changes the way United States experience war", da autioria de Dan Fost, Carrie Kirby, do San Francisco Gate: "Thanks to the technological innovations of the past decade, the recently concluded war in Iraq took place at a new pace: Internet time. The Internet changed not just the speed but the way in which the United States fought, experienced and responded to war".

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"De la Réclame à la Publicité 1920-1950": se não puder ir a Paris ver uma notável exposição sobre a história da publicidade (Musé de la Pub, Union Centrale des Arts Décoratifs, 107 rue de Rivoli 75001 Paris), poderá saborear um pouco do que ali se apresenta através de um vasto conjunto de materiais disponíveis na Internet. Uma cronologia contextualizada de eventos ligados à publicidade, retratos de autores de cartazes e de anúncios e, sobretudo, um conjunto de textos e cartazes sobre o campo, com especial destaque para o período da propaganda em torno da II Guerra Mundial - tudo isto pode ser encontrado no site. Merece referência a gravação do apelo do general De Gaulle de 18 de Junho à mobilização dos franceses.

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As ondas das rádios dão sinais de se agitar. Desta vez é a Renascença: depois do apagamento de Magalhães Crespo na administração, surgem agora os nomes para a Direcção de Programação - Rui Pêgo e para a Direcção de Informação - Francisco Sarsfield Cabral. A notícia está no DN. Luís Ramos Pinheiro, recentemente nomeado administrador, vai, assim, a partir de segunda-feira, deixar as funções de director de Informação, e António Sala, que estava à frente dos programas, passa a Director Geral de Coordenação, com responsabilidades na Produção e Imagem dos canais do grupo.

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O texto semanal de Estrela Serrano no DN ("Dois pesos e duas medidas") permite tirar várias ilações, cada qual mais relevante: - mostra como uma certa "cultura jornalística" é tão renitente a reconhecer que pode errar e, mais ainda, que errou; - mostra como os jornalistas têm dificuldade em admitir que são, por vezes, manipulados pelas suas fontes de informação; - mostra ainda como existem, com alguma frequência, "dois pesos e duas medidas" no tratamento das fontes; - mostra, também, como estamos longe de um clima de "accountability" por parte dos media perante os seus públicos (recordam-se dos debates que aqui ocorrreram há umas semanas, na sequência de um texto de Pacheco Pereira?); - mostra, finalmente, que a figura do Provedor do Leitor pode, pela atenção que revela e pela clareza da tomada de posição que assume, ser um sinal de respiração na vida pública. Uma pergunta: um papel como o que Estrela Serrano aqui assume deve considerar-se como "accountability" (ou seja, uma forma de os media - neste caso, o DN - prestarem contas do que fazem) ou como uma expressão de escrutínio público?

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O Audiovisual e a Migração para o Digital é o tema de uma conferência promovida pelo Obercom, que se realiza no próximo dia 20, em Lisboa (no ISCSP - Pólo da Ajuda da Universidade Técnica de Lisboa). A iniciativa, que conta com a participação da Comissária Europeia da Educação e da Cultura, Viviane Reding e de alguns dos principais protagonistas do sector servirá de cenário para o Obercom apresentar também o seu Anuário da Comunicação 2002-2003.

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Sugiro a leitura da entrevista com o professor Ramón Salaverría, na edição de hoje do jornal Público a proposito da internet como fonte de informação. Salaverría é director do Laboratório de Comunicação Multimédia da Universidade de Navarra e membro da equipa que está a estudar o impacto da Internet nos "mass media" da Europa. Na entrevista concedida ao jornal português, Salaverría afirma que: O debate dos últimos anos sobre as diferenças entre um jornalista e um jornalista digital é irrelevante. Dentro de anos, não sei quantos, todos vão ser digitais. Esse vai ser o seu meio de trabalho. Neste período de transição, os jornalistas utilizam principalmente a rede em algumas áreas temáticas.

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Um facto que pode vir a revestir alguma importância é a notícia ("Google to fix blog noise problem") de que o Google vai criar um motor de pesquisa especifico para weblogs. A informação foi prestada por um dirigente da empresa, no início da semana passada. "It isn't clear if weblogs will be removed from the main search results, but precedent suggests they will be. After Google acquired Usenet groups from Deja.com, it developed a unique user interface and a refined search engine, and removed the groups from the main index. After a sticky start, Usenet veterans welcomed the new interface. Google recently acquired Blogger, and sources suggest this is the most likely option.".

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Alguns repórteres fotográficos decidiram há dias formar o seu núcleo profissional, com o objectivo de aprofundar a actividade sindical nesta área do jornalismo. Para o efeito, está marcada uma reunião para 6 de Junho, na sede do Sindicato dos Jornalistas, aberta a todos os fotojornalistas. O grupo promotor é constituído pelos jornalistas Guilherme Venâncio, Jorge Carmona, José Domingues (da Direcção do SJ), José Barradas, José Ribeiro, Rui Xavier, Steven Governo e Victor Rios.

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A edição na Internet do jornal espanhol “La Vanguardia” ultrapassou os cem mil registos individuais, desde que esse registo passou a ser condição para aceder aos conteúdos do diário, há cerca de três meses. Segundo notícia do próprio jornal, o número exacto de registos até hoje é de 104.438. Aqueles que se dispuseram a pagar a sua assinatura (e que, assim acedem também ao arquivo do jornal desde 1881) foram, no mesmo período, um pouco além dos 5000.

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Vale a pena ler o trabalho jornalístico de Celeste Araújo, intitulado "Sandwich" Ou Sandes? Não É Essa a Questão, que vem no Público de hoje. "Dos rodapés de televisão ao correio electrónico, das mensagens SMS às salas de conversa na Internet, assiste-se a um aligeiramento da escrita que acompanha a instabilidade dos meios. Uma escrita volátil, funcional, na qual a construção das frases é simplificada até ao limite." Não esquecer as caixas que acompanham a peça principal: Como Se Fala e Escreve em Português; Os "Falsos Amigos" e As Palavras Fora de Moda.

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Da entrevista a João Querido Manha, no DN: " (...) os jornais, e talvez mais as empresas que têm os jornais desportivos, ganharam uma certa obsessão, nos últimos dois anos, pelos negócios à volta do desporto e menos, na minha perspectiva, pelos interesses dos leitores. Isso é uma coisa que justifica a perda de 60 ou 70 mil leitores em dois anos. Essa é uma perda que se está a verificar nos três jornais desportivos em conjunto. Há muita gente que não se revê num jornalismo que é cinzento e demasiado moderado. É necessário criar um outro espaço no qual, como disse, gostaria de trabalhar".

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Os responsáveis por publicações online estão à procura de novas formas de anúncios publicitários na web. Os formatos criados até agora - banners, pop ups e pop unders -, entre outros, não tiveram um bom resultado. Agora: "The industry is developing larger size units and different types of ads that will have maximum impact," says Jeff Webber, senior vice president and publisher of USAToday.com. Webber's site is about a month away from allowing advertisers to target their messages based on the demographic data its has been collecting through registration since February. In a simple sign-up form, USAToday.com asks each visitor for his or her ZIP code, sex, and age. Vamos esperar para ver. No entanto, esta potencialidade (o dirigir anúncios de acordo com as características do internauta) parece-me muito interessante. O Blogger tem utilizado este sistema desde que foi comprado pelo Google. A notícia completa aqui.

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As reacções e comentários à abertura do weblog Abrupto, atribuído a Pacheco Pereira, são muito interessantes. Alguns deles são tão comoventes que parecem indiciar um "antes" e um "depois" da entrada em cena de PP na blogosfera portuguesa. Aparentemente, seria preciso um "peso pesado" para legitimar os blogs, os bloggers e o seu papel no espaço público. Não será isto um indício de menoridade, um complexo qualquer ...? Que acham? E, a propósito: não vi qualquer referência nos grandes media a este "evento" na blogosfera. Ter-me-á passado despercebido? Não terá sido considerado "newsworthy"?

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"O Massacre do Jornalismo" de Miguel Sousa Tavares e a que Sara Moutinho já aqui se referiu, é um texto incontornável, goste-se ou não do tom peremptório que é apanágio do autor. Há ali críticas contundentes, que merecem consideração, às lógicas mercantis das empresas jornalísticas e à orientação dominante da formação dos jornalistas. Não estou certo que a realidade seja tão nítida como MST quer fazer crer. Não vejo onde estão, por exemplo, os tais "doutorados em Jornalismo" a que o autor se refere, até porque cursos especificamente de jornalismo são muito recentes e doutorados propriamente ditos serão uma meia dúzia e, tanto sei, não se encontram na situação que é sugerida. Finalmente, o retrato que é traçado da "terceira geração de jornalistas" é, de facto demolidora: "Abaixo dos editores, está a terceira geração de jornalistas de depois da censura - os jovens jornalistas de agora. É de longe a mais reprimida, a mais abusada e a mais desiludida geração de jornalistas de sempre, incluindo as do tempo da ditadura. São censurados todos os dias, não por um coronel da Censura, mas pelo seu editor sentado na mesa ao lado. Os seus textos são manipulados, virados do avesso, reescritos em busca do grão de escândalo que possa ser puxado para título e atrair as atenções e as vendas. São obrigados a prestarem-se a funções indignas, como as de vigiarem as casas dos "colunáveis", espiarem-lhes os casamentos, os enterros, a sua vida privada; perseguirem as mulheres e os filhos dos suspeitos presos pela justiça e arrancar-lhes uma lágrima, um estremecimento de terror, um reflexo de animais acossados; erigirem-se em juízes e decretarem condenações públicas sem audição dos acusados; recorrerem a fontes anónimas, de cara tapada e voz distorcida, aliciadas de todas as formas e feitios, incluindo ofertas de dinheiro; fazerem notícias sem substância, nem conteúdo, apenas na base da insinuação de que "não aconteceu, mas quem sabe se não poderia ter acontecido?". Nas redacções nenhum editor, supondo que seria capaz, lhes ensina coisa alguma sobre jornalismo: como deve ser investigada uma notícia, como deve ser redigida, como deve ser feito um título. Porque já não é de jornalismo que se trata, mas de simples compra e venda de títulos e de supostas notícias. E eles já não são tratados como jornalistas, mas como mercenários, merceeiros da informação. Se porventura têm a coragem de resistir e recusar, é-lhes respondido que há muitos candidatos para o seu lugar e são encostados à parede e ostracizados e humilhados até ao ponto em que já não aguentem mais e prefiram o desemprego". Há muitos sinais que sugerem que o quadro traçado é pertinente e adequado. Mas a ideia transmitida de que, no meio da desgraça geral, só o Público se safa talvez seja exagerada. Se, por qualquer razão, também este jornal fosse tomado pelos tais "merceeiros da informação", acabava-se o jornalismo em Portugal? E que seja: ainda assim, a questão que importaria equacionar é esta: que é possível fazer? Que é importante fazer? Que é que se está a fazer?

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Num artigo intitulado "O massacre do jornalismo", Miguel Sousa Tavares afirma : "(...) sinto uma infinita revolta quando vejo uma geração inteira de novos jornalistas a quem todos os sonhos, todas as ilusões e toda a dignidade foi roubada. E não são apenas eles a pagarem as consequências: todos nós, na qualidade da informação e da democracia que temos, iremos pagar por isso". O mais triste é que o cenário desolado que MST traça do jornalismo português, e mais especificamente da nova geração de profissionais, retrata o dia-a-dia de, pelo menos, grande parte das redacções. "Porque já não é de jornalismo que se trata, mas de simples compra e venda de títulos e de supostas notícias. E eles já não são tratados como jornalistas, mas como mercenários, merceeiros da informação. Se porventura têm a coragem de resistir e recusar, é-lhes respondido que há muitos candidatos para o seu lugar e são encostados à parede e ostracizados e humilhados até ao ponto em que já não aguentem mais e prefiram o desemprego".

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Em Espanha, um juiz aceitou pela primeira vez uma queixa contra a TVE por desinformação. A notícia, adiantada pela estação de rádio Cadena Ser, está no Público Online. A queixa foi apresentada por um sindicato e incide sobre o facto de, numa notícia sobre uma greve, ter sido dado muito mais tempo de antena aos opositores do que aos promotores da paralisação laboral. Um facto curioso: as informações sobre esses tempos de antena foram retiradas de um estudo universitário.

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"O número de europeus que procuram diariamente informação através da internet, está a crescer a ritmo acelerado, prevendo-se que o velho continente alcance um universo de 190 milhões de utilizadores até ao final do ano", segundo um estudo da EMarketer hoje citado pelo Diário Económico. Portugal alinha nessa tendência favorável, segundo a mesma fonte.

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Jay Rosen, um dos nomes mais relevantes da corrente do chamado "jornalismo cívico", escreve hoje, no Poynter Online, um comentário sobre os rumos traçados para a Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, no recente documento de síntese escrito pelo presidente da Universidade, Lee Bollinger. Intitula-se "The Bollinger Thesis: Smarter journalists needed" e constitui, ao mesmo tempo, uma resposta indirecta à crítica de "snobismo jornalístico" feita no Washington Post àquela Escola.

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Que lições tirar da cobertura televisiva da guerra no Iraque? Sendo ainda cedo para proceder a tal balanço, começam a surgir ensaios nesse sentido. É o caso do texto "The Television War", que na edição deste mês da American Journalism Review, publica Jacqueline E. Sharkey, directora do Departamento de Jornalismo da Universidade do Arizona (EUA). Uma breve citação: "(...) The ascendance of Fox indicates that "portraying events of the war in a patriotic fashion was drawing in more viewers than a just-the-facts approach," he (Matthew Felling of the Center for Media and Public Affairs) says. This has enormous implications for television journalism, he and other media analysts say. (...) Colón (Aly Colón, do Poynter Institute) says this development may indicate "a possible shift in how journalism may begin to emerge in this new century." He thinks the media could revert to the way journalism was practiced in an earlier time, when news outlets presented information in ways that reflected specific political viewpoints and agendas (...)"..

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Pode ver-se aqui a foto do tipo de ecrã extremamente fino ("da espessura de três cabelos humanos")e flexível, que pode vir a revolucionar os computadores e o modo de acesso e uso da informação (cf. referência no Ponto Media).

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Já conhecíamos o sul-coreano OhmyNews. O Mediabriefing dá-nos agora a conhecer o JanJan: "Ken Takeuchi es un periodista japonés, antiguo alcalde de la ciudad de Kamakura, que ha pasado de gestionar un presupuesto de 500 millones de dólares anuales y de mandar a los 1.800 empleados municipales, a trabajar en una sencilla oficina de un sencillo edificio de Tokio, dirigiendo una plantilla de cinco periodistas. Aunque los números ahora no son tan grandilocuentes, su objetivo es realmente ambicioso: transformar la manera de hacer periodismo en Japón y convertir a JanJan -lanzado el pasado mes de febrero- en el primer diario online alternativo de su país, haciendo del periódico en la Red un medio serio y respetado que llegue a convertirse en el principal diario japonés, con influencia política y social".

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Em maré de descoberta de novos blogs, encontrei o "Oeste online: um blog periférico", da autoria da equipa que faz a revista Periférica, sediada em Vila Pouca de Aguiar. Tem, regularmente, anotações sobre os media. Dois exemplos: "É sabido que o único jornal com uma tendência assumida, em Portugal, é O Independente. Os restantes, oscilam, ora para a direita, ora para a esquerda, consoante o jornalista (sendo que estes oscilam maioritariamente para esquerda) ou o colunista que escreve. O cidadão que se quer manter informado e que quer acompanhar devidamente "a conversa" nacional, compra diariamente o Público e o DN, e aos fins-de-semana compra O Independente. Se estiver para esbanjar dinheiro ou quiser saber as últimas sobre pedofilia compra também o Expresso (...)" "O Público tem uma direcção algo esquizofrénica, é sabido. Isso não impede que seja o melhor diário português. José Manuel Fernandes [JMF], cada vez mais próximo do neoconservadorismo ou lá do que seja, vive rodeado de gente de esquerda. Por mim isso não tem mal nenhum. Pode até ser salutar. Desde que as opiniões divergentes (e bem necessárias, se pusermos de lado um ou outro exagero emotivo e alguma credulidade) do director não constituam motivo para um levantamento da Redacção ou para uma desistência de JMF (...)".

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Antes de ter começado o conflito no Iraque, um blog específico despertava a atenção: o de Salam Pax, pseudónimo que se julga pertencer a um cibernauta iraquiano. Diariamente, Salam Pax publicava relatos sobre a situação que se vivia no país. Porém, a partir de 24 de Março, altura dos primeiros ataques, o blog deixou de ser actualizado, e pensou-se que o seu autor poderia ser uma das vítimas da guerra. Afinal, o autor do blog "Where is Raed?" continuou a escrever, embora só agora tenha podido publicar as suas palavras. Ironicamente, o site está neste momento offline, talvez por excesso de tráfego. Fica no entanto o endereço: http://dear_raed.blogspot.com

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Novidades em relação ao post anterior do Manuel Pinto. O Abrupto parece ser mesmo de Pacheco Pereira. Para provar que é mesmo ele que escreve, publicou hoje o excerto de uma crónia que publica amanhã no Público. Amanhã poderemos confirmar. Entretanto, o António Granado diz que já tem certeza absoluta que é o eurodeputado social democrata quem escreve os posts do já famoso Abrupto.

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De súbito, desencadeia-se a pergunta na portuguesa "blogosfera": quem é o autor do novo blog que dá pelo nome de Abrupto? João Mranda, do Liberdade de Expressão, não tem dúvidas: é Pacheco Pereira, a quem dá as boas-vindas. Pedro Fonseca, do ContraFactos é mais cauteloso: "é mesmo o Pacheco Pereira?". No conversas de café , Inês Amaral também joga pelo seguro, mas abrindo as portas ao "novato": "mesmo que não seja Pacheco Pereira, bem vindo JPP! Enquanto o mistério se não dissipa, anote-se apenas a epígrafe (colhida em Sá de Miranda) do novo weblog: "...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ...".

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Quem tiver acesso à conhecida revista francesa de História "Annales" poderá ler, no seu último número, o artigo da historiadora norte-amerciana da Universidade de Columbia, Carol Gluck, intitulado "Le 11 septembre. Guerre et télévision au XXIe siècle". Segundo o resumo, a finalidade do estudo é "d'explorer la manière dont opère la mémoire collective dans les mass media contemporains, se fonde sur une ethnographie des médias appliquée à l'attaque terroriste du 11 Septembre ; l'auteur étudie la construction médiatique immédiate du récit de la guerre contre le terrorisme, transformé en une narration héroïque, puis s'interroge sur la façon dont le 11 Septembre et ses suites pourraient, dans les années à venir, être reformulés dans la mémoire publique, en s'appuyant à titre de comparaison sur l'exemple des événements de la Seconde Guerre mondiale". Numa apresentação feita no jornal Le Monde, cita-se a autora, a propósito das abordagens mediáticas, na sequência dos atentados de 11 de Setembro: "L'expérience est effrayante et elle fait comprendre ce que cela signifiait d'être pris sous l'avalanche d'un consensus général. (...) S'intéresser aux racines du terrorisme supposait un retour en arrière à l'avant du 11 septembre, c'est-à-dire en amont du récit qui justifiait la guerre (...). Cela risquait de priver les Etats-Unis de leur statut de victime absolue."

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Algumas breves: - "La Crisis de las Telecomunicaciones en Europa" é o tema do dossier do último número da revista espanhola Telos (n.55, referente a Abril-Junho de 2003). - O portal Infoamerica acaba de completar um ano de existência. O saldo, segundo os promotores, é amlamente positivo: 4.500 páginas, 835.000 visitas e 10 milhões de páginas consultadas. - A IAMCR - International Association for Media and Communication Research viu-se na contingência, pela segunda vez nos últimos anos, de suspender a realização da sua conferência anual. A deste ano estava marcada para Taiwan, de 14 a 16 de Julho, sobre o tema "Information Society and Glocalization: What's Next?". O motivo do cancelamento foi o surto de pneumonia atípica. Recentemente, decisão idêntica foi tomada relativamente a uma outra iniciativa análoga em Israel, na sequência do eclodir da segunda Intifada.

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Eva Dominguez, em La Vanguardia ("El Cuarto Bit"): "La interactividad es la característica que distingue a Internet de los medios de comunicación anteriores. Habitualmente se habla de ella más que se practica, pero ya existen excepciones que son pioneras de un concepto distinto del lector: el lector colaborador". Um exemplo: OhmyNews, nascido há três anos na Coreia do Sul e actualmente um dos meios mais influentes do país: o seu êxito não está tanto no que noticia, mas no modo como opera. Outra experiência referida no artigo: "Para conocer con rapidez lo que los lectores tienen que decir sobre un tema, 26 diarios norteamericanos participan en un programa para fomentar la interactividad esponsorizado por la organización norteamericana de Associated Press Managing Editors. El programa consiste en crear una base de datos de lectores que permita conocer sus opiniones sobre un tema de actualidad de la manera más rápida posible".

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O Joaquim Fidalgo refere, na sua coluna semanal no Público, e ainda a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, evocado no sábado passado, um exercício interessante feito no programa Revista de Imprensa, da NTV, no qual ele próprio participa: "olhar para as notícias publicadas nos jornais daquele dia e imaginar quantas sobreviveriam se vivêssemos, como já vivemos, num regime de censura prévia". Depois de comprovar, com o caso do JN, que a primeira página desse dia praticamente desapareceria, comenta: "De tanto e tão saudavelmente convivermos com a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, as mais das vezes já nem nos apercebemos de como elas são preciosas e de como fazem a diferença entre viver em democracia ou viver em ditadura. Não resolve todos os problemas, é claro, nem a existência das liberdades formais garante, por si só, o seu exercício efectivo, pleno e igual (ou não muito desigual...) por parte de todos os cidadãos. A inexistência de censura política não assegura também, por si só, o fim de todas as formas indirectas ou veladas de pequenas e médias censuras, entre elas esse perigo enorme e tão palpável de formas de autocensura em que podemos refugiar-nos só "para não criar problemas". Ainda assim, esse bem enorme de podermos dizer o que pensamos e saber o mais possível do que se passa à nossa volta, longe daquelas paisagens bucólicas tão artificiais do "reina a calma em todo o país", tem um valor inestimável que faz bem, uma vez por outra, tornarmos bem presente e bem consciente".

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Portugal não se apresenta numa situação especialmente brilhante no último relatório do Observatório Europeu do Audiovisual sobre o sector do cinema: é o país que regista o recuo mais saliente no número de longas-metragens produzidas: seis em 2002, contra 14 no ano anterior. No total a União Europeia produziu 625 filmes em 2002, o que representou um crescimento de apenas meio ponto percentual contra os dez pontos no ano anterior. Países como a França e o Reino Unido também registaram recuos, ao contrário da Áustria, Espanha e Itália, em que o número de longas-metragens subiu. Em termos percentuais, e ainda segundo o relatório, a quota de mercado das longas-metragens na União Europeia foi de 27.4 por cento, contra 31.1 em 2001. Por sua vez, a quota de mercado dos filmes nacionais nos seus respectivos países situou-se nos 19.5 por cento, o que revela uma ligeira descida relativamente ao ano anterior em que se situou nos 20.1 por cento. O mercado europeu continuou a ser hegemonizado pelo cinema dos EUA que recuperaram terreno, chegando aos 71,2 por cento. No que diz respeito ao número de entradas, manteve-se, embora desacelerando, uma tendência de subida da ordem dos 0.5 por cento, na Europa dos 15. Portugal, no entanto, não contou para os cálculos, uma vez que não forneceu dados relativamente a 2001 e 2002.

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O Ponto Media dá conta de dois factos interessantes: - a criação do Fórum PTWeblogs - a Comunidade Portuguesa de Weblogs, uma iniciativa criada para "colmatar uma falha aparente na comunidade portuguesa de weblogs, um espaço para trocar informações e experiencias entre webloggers". Um sítio que se poderá tornar referência entre os bloggers. - a notícia (do Estado de São Paulo, de domingo) de que o Blogger brasileiro atingiu a impressionante soma de 300 mil sites.

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A recente evocação do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa levou-me ao portal do latinoamerciano Periodistas Frente a la Corrupción, onde (além de um balanço de situação em todo o subcontinente), encontrei extractos de declarações de alguns dos dirigentes máximos de países da América Latina sobre o modo como vêem os jornalistas e o jornalismo. Eis uns exemplos (vários outros acessíveis no portal): Guatemala: "Ellos son los dueños del circo; todos los demás son payasos … Se han dedicado (la Prensa) a destruir a este gobierno, a jugar a golpes de Estado, a desestabilizar y a jugar a los intereses de la oligarquía, y eso lo van a pagar terriblemente … (la Prensa) se jugó con los intereses más negros y más oscuros de este país, y eso lo van a pagar, no porque le hicieron daño al presidente Portillo, sino porque se burlaron del pueblo de Guatemala, porque niegan la información positiva al pueblo y sólo se han encargado de transmitir lo negativo." Presidente Portillo, 6 febrero 2003 Venezuela: "Ya yo me imagino: se quejarán por la libertad de expresión. Pues Su Santidad ya lo dijo el año pasado: no hay libertades indefinidas". Presidente Chavez, 6 febrero 2003 República Dominicana: "No permitiré que la gente hable lo que le dé la gana. No lo voy a permitir. … Yo lo que les digo a ustedes, a los que orientan, que midan sus palabras, cada uno de ustedes, midan sus palabras porque yo voy a dar el frente a los problemas. … Y los que se salgan de la línea..." (sin concluir la frase) Presidente Mejía. 5 febrero 2003.

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Na Online Journalism Review, uma análise sobre a situação de alguns jornais online em Espanha. O mote para o artigo da OJR são dois jornais online que se viram obrigados a criar uma edição impressa para sobreviverem.

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A mais recente actualização da "Sala de Prensa" inclui quatro textos dedicados ao tema "La Prensa en Guerra". São eles: La guerra de las palabras Eduardo P. Kragelund Los periodistas fastidian! Juan Gonzalo Betancur B. Internet: frente de guerra Octavio Islas y Fernando Gutiérrez. Warblogging en la guerra de Internet José Luis Orihuela. Recorde-se que o número de Abril de Sala de Prensa já foi, todo ele, dedicado ao mesmo assunto, com textos de Eduardo Galeano, Noam Chomsky, Francis Pisani e Robert Fisk, entre outros.

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Nasceu hoje o "primeiro grande blog comunitário da blogosfera hispânica", o "Comunidad de Bitácoras". "La idea de este lugar es que cualquier participante de la blogósfera escriba acerca de textos, ideas, posts, bitácoras que le hayan llamado la atención y lo publique". A notícia chegou-me via eCuaderno.

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... E uma novidade que o "Comunidad de Bitácoras" traz é a de que Gary Hart, anunciado candidato às próximas eleições para Presidente dos EUA, também tem o seu blog, que utiliza para "apalpar terreno" relativamente às ideias que pretende lançar. A experiência parece não lhe estar a correr mal: os posts não são excessivamente frequentes, mas cada um tem dezenas de comentários. Escreve a este propósito o weblogger que apresentou o caso na "Comunidad de Bitácoras": "...es este un nuevo modelo a seguir por parte de los políticos? Son los weblogs un medio interesante para plasmar tus ideas políticas? - ¿Hart borarrá comentarios que no le agraden? "

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Os artigos de opinião publicados em jornais devem ou não obedecer às mais elementares regras do "bom jornalismo"? A provedora do leitor do Diário de Notícias, Estrela Serrano, afirma que, naquele órgão de comunicação, "a regra é que os membros e colaboradores do jornal não devem escrever sobre pessoas ou instituições com as quais possuam algum envolvimento, seja de natureza financeira, seja ligações a fontes, anunciantes ou familiares, abrangendo todos os que se debruçam ou opinam sobre figuras e instituições públicas".

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Cobertura mediática da guerra no Iraque - intervenção de Elmano Madail, enviado especial do JN Para debater a cobertura mediática da guerra no Iraque e falar da sua experiência como enviado especial a Bagdade, em serviço para o Jornal de Notícias (JN), estará amanhã na Universidade do Minho, entre as 9 e as 10h, o Dr. Elmano Madail. A iniciativa decorrerá na sala 1309 do CP1 (2º andar, lado Nordeste, ao fundo), no âmbito das aulas da disciplina de Jornalismo do 3º ano do Curso de Comunicação Social. Elmano Madaíl é o jornalista responsável da delegação de Braga do JN, estando igualmente a preparar tese de mestrado em Ciências da Comunicação na UM. É também um dos animadores deste weblog Jornalismo e Comunicação . Esta aula é aberta aos possíveis interessados.

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Faz hoje dez anos que os jornalistas portugueses detentores de carteira profissional aprovaram o seu Código Deontológico Dada a relevância do texto, aqui ficam os seus dez pontos integralmente transcritos, mais meia dúzia de perguntas: Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses 1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público. 2.O jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais. 3.O jornalista deve lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar. É obrigação do jornalista divulgar as ofensas a estes direitos. 4.O jornalista deve utilizar meios leais para obter informações, imagens ou documentos e proibir-se de abusar da boa-fé de quem quer que seja. A identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público. 5.O jornalista deve assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e actos profissionais, assim como promover a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas. O jornalista deve também recusar actos que violentem a sua consciência. 6.O jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas. 7.O jornalista deve salvaguardar a presunção da inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor. 8.O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da cor, raça, credos, nacionalidade ou sexo. 9.O jornalista deve respeitar a privacidade dos cidadãos excepto quando estiver em causa o interesse público ou a conduta do indivíduo contradiga, manifestamente, valores e princípios que publicamente defende. O jornalista obriga-se, antes de recolher declarações e imagens, a atender às condições de serenidade, liberdade e responsabilidade das pessoas envolvidas. 10.O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e a sua integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesses. _______________ Dez anos passados, será oportuno lançar o debate sobre a necessidade (ou não) da revisão do Código Deontológico? Sendo certo que muita coisa mudou entretanto, será a dimensão e profundidade dessa mudança de molde a exigir alterações no Código? Haverá problemas novos que o Código não equaciona? Continuaremos a ter um bom Código, desde que, evidentemente, seja posto em prática? Faz sentido haver um Código deste tipo?

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